A Associação de Treinadores de Futebol de Angola (ATFA) deve ser mais organizada em termos de prestação de serviço e apoio aos seus filiados, sobretudo em casos de rescisão unilateral de contratos, por maus resultados, defendeu esta segunda-feira, no Lubango, o técnico principal do Desportivo da Huíla, Mário Soares.
Em declarações à Angop, para comentar o número de técnicos despedidos durante a primeira volta do GirabolaZap, Mário Soares disse que este assunto tem muito a ver com a falta de organização dos próprios treinadores e do órgão que os defende.
Para Mário Soares, a associação deveria atuar mais quando um membro seu é despedido injustamente, ultrapassando até às cláusulas de contratação, considerando que na maior parte das vezes a culpa pode estar nos jogadores ou na direção.
“Nós, os treinadores, somos sempre culpados de tudo, quando há vezes até trabalhamos sem salários durante muito tempo, sem prémios, sem condições, mas o treinador é o responsável da má prestação da equipa”, realçou.
Mário Soares disse esperar ainda que a nova direção da associação deve redefinir estratégias para proteger o treinador nacional, pois tudo continua no mesmo caminho e com as mesmas dificuldades.
O técnico disse ainda que muitos treinadores vivem do futebol e principalmente dos resultados e quando estes não aparecem quase sempre são os primeiros a serem sacrificados.
Na primeira volta, recorde-se, foram despedidos Sérgio Traguil (Santa Rita de Cássia), Hélder Teixeira (1º de Maio de Benguela), João Machado (Asa), Paulo Figueiredo (Progresso da Lunda Sul), António Alegre (Académica do Lobito) e João Pintar (Bravos do Maquis).
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