
A Bola de Ouro é visto hoje como o prémio individual mais prestigiante do futebol mundial. Nascido em 1956, o troféu tem servindo como referência para selecionar o jogador que mais se destacou na temporada, classificando-o como 'o melhor do mundo' naquele mesmo período.
Como é escolhido
O processo de seleção tem sofrido algumas mudanças ao longo do tempo. Até 1995, o prémio era apenas entregue a futebolistas europeus.
Nos doze anos seguintes, o critério foi alargado para qualquer jogador a alinhar num clube do Velho Continente; apenas a partir de 2007 é que o processo começou a abranger todo e qualquer jogador à face da Terra.
Para além da questão da elegibilidade, também o processo de votação sofreu alterações. Inicialmente, a escolha era feita apenas por jornalistas desportivos, contudo, entre 2007 e 2015, o treinador e capitão de todas as seleções nacionais, também puderam participar na votação.
Hoje a escolha cabe apenas e só aos jornalistas. Inicialmente, as redações da revista 'France Football' e do jornal 'L´Equipe' compõem uma lista de 30 jogadores, com base no seu desempenho na última época.
A partir daí, um jornalista dos 100 primeiros países do ranking da FIFA vota em 10 destes 30 jogadores, atribuindo 15, 12, 10, 8, 7, 5, 4, 3, 2 e um ponto a cada um.
As pontuações atribuídas pelos jornalistas são somadas, sendo a Bola de Ouro entregue ao jogador que somou mais pontos, classificando da mesma forma a lista dos restantes jogadores que ficarão entre o segundo e o 30º lugar.
Se houver empate de pontos, ganha o jogador que somar mais primeiros lugares nas votações, se subsistir o empate, ganha o que tiver mais segundos lugares e assim sucessivamente.
Aos jornalistas que participam na votação pede-se que considerem três principais fatores:
- Desempenho individual, carácter e determinação
- Desempenho e resultados coletivos
- Classe e 'fair-play'
Principais candidatos em 2025
Apesar de ainda não ser conhecida a lista de possíveis candidatos, já existe um conjunto de nomes que muito provavelmente estarão no conjunto de 30 elegíveis.
Nesta lista, baseada no seu desempenho a partir do dia 1 de agosto de 2024, constam algumas das principais figuras da época, com o Paris Saint-Germain, recém-coroado campeão da Europa, a destacar-se.
Possíveis candidatos:
Ousmane Dembélé (PSG/França, avançado, 28 anos)
Gianluigi Donnarumma (PSG/Itália, guarda-redes, 26 anos)
Désiré Doué (PSG/França, avançado, 19 anos)
Kvicha Kvaratskhelia (PSG/Geórgia, avançado, 24 anos)
Kylian Mbappé (Real Madrid/França, avançado, 26 anos)
Lautaro Martínez (Inter/Argentina, avançado, 27 anos)
Pedri (Barcelona, médio, 22 anos)
Raphinha (Barcelona/Brasil, avançado, 28 anos)
Mohamed Salah (Liverpool/Egipto, avançado, 32 anos)
Lamine Yamal (Barcelona/Espanha, avançado, 17 anos)
Mais Bolas de Ouro conquistadas
Lionel Messi lidera a lista com o maior número de troféus conquistados. O internacional argentino conquistou a Bola de Ouro por oito vezes, mais três do que o segundo classificado, Cristiano Ronaldo.
Atrás destes surge um trio formado por Johan Cruyff, Michel Platini e Marco van Basten, que venceram o troféu por três ocasiões.
Alfredo di Stefano, Franz Beckenbauer, Kevin Keegan, Karl-Heinz Rummenigge e Ronaldo Nazario foram os outros jogadores que conquistaram a Bola de Ouro por mais que uma vez.
Eusébio e Luís Figo são, para além de Ronaldo, os outros portugueses que conquistaram este prémio.
Bola de Ouro feminina
A Bola de Ouro feminina surgiu apenas em 2018. Desde então, o troféu foi conquistado por quatro jogadoras diferentes.
A norueguesa Ada Hegerberg venceu a primeira edição, seguida pela norte-americana Megan Rapinoe em 2019. Depois da interrupção devido à pandemia, o troféu foi arrebatado somente por jogadoras espanholas.
Alexia Putellas venceu o prémio em 2021 e 2022, enquanto que Aitana Bonmati foi distinguida nas duas últimas temporadas.
Principais críticas à Bola de Ouro
Apesar de ser uma das principais distinções do futebol mundial, a atribuição da bola de ouro não reúne total consenso, sendo alvo de críticas por diversos motivos.
Alguns criticam o facto do prémio ser entregue mormente a avançados ou médios ofensivos, sendo que apenas um guarda-redes (Lev Yashin) e dois defesas (Beckenbauer e Fabio Cannavaro) conquistaram o prémio.
Outra crítica apontada prende-se com a tendência para escolher jogadores inseridos nas equipas que conquistaram os principais títulos da temporada a nível de clubes ou seleções.
Há quem defenda que o desempenho coletivo não deve ter influência na votação, e que um jogador que tenha tido uma grande temporada não deva ser penalizado pelo facto da sua equipa não ter conquistado troféus.
Outros criticam ainda o facto do vencedor ser escolhido por jornalistas, e não por jogadores, treinadores ou antigos profissionais da modalidade.
Finalmente há quem desvalorize a Bola de Ouro por se tratar de um prémio individual inserido num desporto coletivo.
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