O Manchester United já anunciou a sua saída do projeto da Superliga Europeia, mas os adeptos não esquecem a atitude do clube e reuniram-se esta manhã para protestar junto ao centro de treinos da equipa, em Carrington.
Os adeptos entraram no Complexo de treinos de Carrington com tarjas com a inscrição “Glazers out” [Fora Glazers], em alusão à família proprietária do clube, e com a indicação “Nós decidimos quando vocês jogam”.
Os protestos envolveram duas dezenas de adeptos, que entraram nas instalações às 09:00 e conversaram com o treinador Ole Gunnar Solskjaer, com os adjuntos Michael Carrick e Darren Fletcher, bem como com o médio sérvio Nemanja Matic.
O clube foi um dos que subscreveu a criação de uma Superliga Europeia, anunciada no domingo, mas que provocou uma onda de protesto, desde o governo britânico, à UEFA, FIFA e adeptos, e que levou, entretanto, à desistência de quase todos os 12 cofundadores.
Na quarta-feira, Joel Glazer, presidente e proprietário do clube, escreveu uma carta aberta aos adeptos do United, admitindo que não agiu bem, mas que os adeptos foram ouvidos e que existe a vontade de que as coisas fiquem bem.
Face à contestação dos adeptos e das autoridades governativas e do futebol, Manchester City, Liverpool, Arsenal, Manchester United, Tottenham e Chelsea iniciaram a debandada do projeto da Superliga na terça-feira, seguindo-se já na quarta-feira Atlético de Madrid e Inter Milão.
AC Milan e Juventus já reconheceram a necessidade de avaliar o projeto, enquanto o FC Barcelona faz depender a sua permanência da aprovação dos sócios. O Real Madrid é o único dos 12 clubes fundadores da competição que ainda não emitiu uma posição oficial sobre o tema.
O ‘sonho’ liderado pelo presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, juntou 12 dos principais clubes de Inglaterra, Espanha e Itália, tendo em vista a criação de uma competição anual com 20 equipas, na véspera de a UEFA revelar o formato competitivo da Liga dos Campeões, a partir de 2024/25.
*Artigo atualizado às 11h30
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