O futebol chinês está a ser mal gerido e “sem nenhuma visão de futuro”, admitiu hoje um responsável da Associação de Futebol Chinesa (AFC), considerando que o organismo que integra é o principal culpado pela situação.
“O atraso no futebol chinês deve-se sobretudo à gestão da federação, que se está a ficar para trás”, afirmou Li Yuyi, vice-presidente da CFA, em declarações ao canal televisivo CCTV, criticando a “falta de visão e de poder de antecipação”.
Nos últimos tempos, a liga chinesa tem sido notícia por fazer contratações milionárias de futebolistas estrangeiros, mas a seleção chinesa ocupa apenas o 77.º lugar na classificação da FIFA, e já falhou a qualificação para o Mundial2018.
A CFA tem sido alvo de críticas de adeptos, treinadores e jogadores, devido a recentes decisões sobre novas políticas de contratações.
Em maio, numa tentativa de reduzir os gastos dos clubes, a federação impôs o pagamento de uma taxa de 100% sobre as transferências de jogadores estrangeiros a clubes que apresentem prejuízos, verba que seria gasta no desenvolvimento do futebol chinês.
Na prática, os novos regulamentos dobram os custos com a contratação de jogadores estrangeiros, visto que todos os dezasseis clubes que competem na liga chinesa de futebol apresentam resultados financeiros negativos.
No fim de semana, o treinador português André Villas-Boas, que orienta o Shangai SIPG, admitiu que as transferências ‘milionárias’ para clubes chineses “vão parar”, devido às recentes restrições impostas pela AFC.
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