José Mourinho espera poder dirigir uma seleção no futuro, naquela que será a sua primeira experiência ao comando de uma nação. Numa extensa entrevista ao jornal desportivo italiano 'Corriere dello Sport', o Special One abordou o seu futuro.

"Quero jogar um Campeonato da Europa ou um Campeonato do Mundo e unir um país em torno de uma equipa, como já fiz muitas vezes com os clubes. Quero fazê-lo pelo futebol e pelo que este desporto representa. Vai ser incrível", desejou o treinador português que comanda os turcos do Fenerbahçe.

Para quem diz que Mourinho está acabado e que deixou de evoluir, o técnico português puxou dos galões para recordar o seu percurso.

"O futebol é o reino da superficialidade e dos clichés. Normalmente, quando as pessoas falam de mim, referem o que aconteceu há 15, 12 ou 10 anos. Nos últimos anos, cheguei a três finais, uma com o Manchester United e duas com a Roma. Fico divertido e orgulhoso ao mesmo tempo, porque quando se faz isso com uma equipa sem história europeia, percebe-se que se conseguiu algo especial", atirou.

Na mesma entrevista, o português revelou um dos arrependimentos da carreira: uma 'nega' ao Real Madrid' em 2013, quando deixou os merengues para voltar ao Chelsea.

"Na altura, Florentino Pérez disse-me: 'Mou, não vás embora agora. Fizeste a parte mais difícil, agora vai começar a melhorar.' Eu sabia que era verdade, mas queria voltar ao Chelsea depois de três anos de grandes desafios em Espanha", recordou.

Outro arrependimento recente foi na Roma: "Tenho que falar de Budapeste [após a final da Liga Europa perdida pela sua Roma para o Sevilha]. Não pela confusão do Taylor, mas porque não saí imediatamente. Eu deveria ter saído da Roma. Não o fiz e foi um erro", contou.

Na final em questão, José Mourinho criticou duramente o árbitro inglês Anthony Taylor.