O processo de eleição do delegado na Associação de Futebol de Lisboa (AFL) para a Assembleia Geral (AG) eleitoral da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) foi contestado pelo Sporting, confirmou hoje à Lusa fonte do clube.
Fonte oficial do clube 'leonino' justificou à Lusa o recurso para o Conselho de Justiça (CJ) da AFL com o 'timing' do ato, realizado na segunda-feira, depois de ter sido convocado no dia 27 de agosto, com 48 horas para a apresentação de candidaturas, apesar de a FPF ter estipulado como limite 30 de setembro, e para o cumprimento de requisitos restritos.
De acordo com o referido comunicado de dia 27 de agosto, a AFL requeria a subscrição de 25 clubes ou sociedades desportivas filiadas nesta estrutura participantes em competições nacionais de natureza não profissional - nas quais o Sporting compete na modalidade de futsal -, mas também que o candidato tivesse sido presidente de um clube durante pelo menos oito anos consecutivos.
Atendendo a estes requisitos, fonte oficial do Sporting confirmou hoje à Lusa ter apresentado recurso ao CJ da AFL, por considerar que o ato devia ter sido liderado pela AG da AFL e não pela sua direção, liderada por Nuno Lobo, que, apesar de já ter admitido candidatar-se à liderança da FPF, não se inibiu de integrar a comissão eleitoral.
De acordo com as fontes ligadas a este processo eleitoral contactadas hoje pela Lusa, o Sporting foi o único clube que contestou o processo que resultou na eleição de José Manuel Ribeiro dos Santos, o atual diretor-executivo da AFL, com 100% dos votos expressos (38, num colégio eleitoral de 57 clubes), delegado representante dos clubes ou sociedades desportivas participantes em competições nacionais de natureza não profissional de Lisboa, na segunda-feira.
No mesmo dia, e no mesmo ato, tendo em vista a eleição de um dos 55 delegados - no total são 84, 29 dos quais por inerência - para a AG que vai votar para a sucessão Fernando Gomes na FPF, Jorge Alberto Pires Boiça, também da Lista A, foi eleito suplente.
Fonte ligada ao processo eleitoral confirmou à Lusa que este não foi o único condicionamento contestado nestes sufrágios locais, apontando, ainda, como exemplo a exigência de licenciatura em ciências do desporto para o representante dos jogadores amadores da Associação de Futebol de Bragança.
Já em Vila Real, o representante dos clubes das competições distritais e regionais não podia ter sido dirigente de clubes, associações ou federações desportivas nas últimas quatro épocas desportivas.
O processo de eleição dos delegados à AG da FPF foi desencadeado em 13 de agosto e deve estar finalizado em 30 de setembro.
A AG da FPF é constituída por 84 delegados, por inerência os 22 presidentes das associações regionais e distritais, assim como os presidentes da Liga de clubes e das estruturas representativas de treinadores, árbitros, futebolistas, dirigentes, enfermeiros e massagistas e médicos.
Além destes 29, a reunião magna conta ainda com outros 55 delegados: 20 representantes dos clubes das competições profissionais, oito das competições não profissionais, sete das distritais, cinco dos jogadores profissionais, outros cinco dos amadores, cinco dos treinadores e cinco dos árbitros.
Fernando Gomes, que preside à FPF desde 17 de dezembro de 2011, após ter sido eleito no dia 10 anterior, cumpre o seu terceiro e último mandato, que termina até seis meses depois do ciclo olímpico de 2024.
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