O treinador português de futebol Paulo Fonseca, que estava retido com a família em Kiev, informou ter conseguido chegar à Roménia, onde já se encontra, após mais de 30 horas de viagem.
“Eu e a minha família já estamos fora da Ucrânia, após mais de 30 horas de viagem chegámos à Roménia, onde estamos neste momento. Conto regressar amanhã [na segunda-feira] a Portugal, onde darei mais detalhes de como foram estes longos dias”, disse o treinador português num vídeo publicado no seu Instagram.
Paulo Fonseca estava na Ucrânia e chegou a refugiar-se num hotel de Kiev depois de a Rússia lançar na madrugada de quinta-feira uma ofensiva militar na Ucrânia.
O treinador disse pretender agradecer às pessoas que o ajudaram muito neste momento: “Estamos seguros (…), mas o pesadelo continua para aquele povo, que continua a lutar de uma forma heroica”.
Na mensagem, Paulo Fonseca, que treinou o Shakhtar Donetsk entre 2016 e 2019, apelou para que todos continuem a lutar pelo povo ucraniano, acrescentando que este está a “sofrer de uma forma injusta e cruel”.
O técnico, de 48 anos, tinha deixado Kiev na quinta-feira, através de uma missão de repatriamento da embaixada de Portugal em Kiev, num percurso por via terrestre até à Moldávia e, depois, à Roménia.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram cerca de 200 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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