Começa a ser habitual vermos treinadores a queixarem-se do número excessivo de jogos que as equipas realizam, tornando o período de descanso muito reduzido e o ritmo dos campeonatos frenético. Desta vez, foi António Oliveira que manifestou o seu desagrado com a situação, após o empate do Corinthians com o Fotaleza (0-0), para a quinta jornada do Brasileirão.
"As pessoas podem pensar que em 10 dias para trabalhar e vai sair daqui o Barcelona ou o Manchester City. O futebol não é assim. Eu não consigo treinar sem competição. A competição mede a real condição física e tática da equipa. Nornal que com a quantidade de jogos exista uma fadiga e se reparar tem sido sempre a mesma coisa. Não tem a ver com a condição física da equipa e sim com o desgaste que ela vai acumulando. Isso pesa e muito. Por isso a minha crítica à CBF. Eu percebo a dificuldade que é enfiar jogos... É um destrato enorme para os jogadores, é uma falta de respeito até para nós. Se eu fico cansado, imagine eles", começou por dizer o técnico do 'Timão'.
Na terça-feira já há novamente jogo, uma vez que o Corinthians visita o Nacional, para a Taça Sul-Americana. "É mais fácil estar numa cadeira e marcar jogos, porque não são eles que jogam e é mais fácil dar entretenimento às pessoas. Tem a redução da qualidade do jogo. Foi hoje... Criámos mais, mas não temos tempo para recuperar. Deveria haver mais respeito porque vamos representar o país fora dele. Eles não querem saber... E o Corinthians sai prejudicado! Não sei se existe alguma coisa contra o clube, mas eu espero que não. Eu quero ver se alguém vai responsabilizar-se por isso em caso de eu perder mais jogadores, porque depois sou eu que tenho que vir aqui e não o que estava na secretária a marcar jogos, a bater palmas ou a jogar Playstation. Isso é uma falta de respeito", completou António Oliveira.
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