O treinador de futebol Artur Jorge frisou hoje, em entrevista à agência Lusa, sentir-se “muito feliz” no Botafogo e afirmou que é mais difícil ser campeão no Brasil do que num dos ‘três grandes’ de Portugal.
“Tenho tentado abstrair-me um bocadinho de tudo isso [propostas de outros clubes], porque o meu foco, a minha ligação e o meu compromisso para com o Botafogo são a minha realidade. No meu pensamento, está poder dar o meu melhor e pensar no Botafogo”, reforçou.
O técnico disse sentir-se “muito feliz” no clube brasileiro, onde foi “sempre muitíssimo bem tratado e acarinhado desde o primeiro dia”.
“Há uma grande paixão minha por aquilo que é ser Botafogo, porque me identifiquei com os valores, com a causa. Fiz de tudo para que me pudesse ser reconhecido um papel de ligação forte àquilo que é a conquista, a ambição, a determinação, o sofrimento de tudo aquilo que é ser Botafogo, para que possamos continuar e fazer um trabalho como fizemos este ano”, disse numa entrevista à Lusa, em Braga, a gozar um período de férias.
Ainda assim, o treinador admitiu que “há propostas” de outros clubes, como já o tinha assumido publicamente, “mas, nesta altura, é prematuro falar do que quer que seja”.
“O meu futuro é ter contrato com o Botafogo até dezembro de 2025. Em janeiro, vamos ver aquilo que vamos decidir e começar o nosso trabalho para a próxima temporada. Um regresso a Portugal? Isso é muito difícil acontecer nesta altura, não passa por aí o meu futuro imediato uma vez que até à data não é daí que têm vindo os contactos com o meu agente. Se recebi algum convite de Portugal? Convite, não”, sorriu, admitindo apenas “alguns contactos mais informais”.
Questionado sobre se as conquistas no Brasil lhe dão a certeza que, a médio prazo, está capaz de assumir um projeto num dos ‘três grandes’ de Portugal, Benfica, FC Porto ou Sporting, responde “seguramente”, notando que ganhar um ‘Brasileirão’ e uma Libertadores na mesma temporada “é uma demonstração de competência”.
“Acho que isto só é uma confirmação de um trabalho. Por vezes, nós temos que nos pôr à prova e que nos desafiar em contextos diferentes e eu arrisco-me a dizer que é muito mais difícil ser campeão no Brasil, no Botafogo, do que em qualquer um dos ‘três’ aqui em Portugal. Não tenho dúvidas nenhuma disso, porque a competitividade do campeonato é muito diferente e mais exigente”, disse.
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