A confederação sul-americana de futebol (CONMEBOL) declarou esta segunda-feira a Chapecoense campeã da Taça Sul-Americana, como homenagem após o acidente que vitimou vários jogadores e dirigentes do clube brasileiro.
Em comunicado, a CONMEBOL anuncia que vai atribuir todas as honras e direitos decorrentes da vitória na competição à Chapecoense e as de vice-campeão ao Atlético de Medellín, juntamente com o prémio centenário de ‘fair play’ para os colombianos, cujo valor pecuniário é de um milhão de dólares (cerca de 931 mil euros).
“Na quarta-feira, 30 de novembro, a CONMEBOL recebeu uma carta do Club Atlético Nacional, dirigida ao senhor Alejandro Domínguez, presidente da CONMEBOL, convidando-o a ‘entregar o título da Taça Sul-Americana à Associação Chapecoense de Futebol em honra da sua grande e em homenagem póstuma às vitimas fatais do acidente que enluta o nosso desporto”, lê-se no comunicado do organismo que rege o futebol na América do Sul.
Para a CONMEBOL, “não há maior demonstração do espírito de paz, compreensão e jogo limpo”, salientando a “solidariedade, consideração e respeito” demonstrados pelo Atlético Medellín com “os seus irmãos” da Chapecoense.
Na segunda-feira, 28 de novembro (madrugada de terça-feira em Lisboa), o avião da companhia aérea Lamia, que partiu do aeroporto Viru Viru, de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, caiu em Cerro Gordo, a 17 quilómetros do aeroporto de Medellín, na Colômbia, com 77 pessoas a bordo, entre os quais a comitiva da Chapecoense, que iria disputar a primeira mão da final da Taça Sul-Americana nesta cidade colombiana.
Entre as 71 vítimas mortais do acidente, estavam 19 dos 22 jogadores do clube brasileiro, assim como dirigentes, equipa técnica, convidados e jornalistas, além da tripulação. Sobreviveram ao acidente seis pessoas, três jogadores, dois tripulantes e um jornalista.
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