Milhares de pessoas concentraram-se na catedral e encheram o estádio de Chapecó, no Brasil, para o velório das 71 vítimas mortais do acidente com o avião em que viajava a equipa de futebol local, que atravessava uma época dourada.
“Perder [quase] todos eles de forma tão trágica destruiu totalmente a nossa cidade e cada um de nós”, disse Carla Vilembrini na noite de terça-feira, no exterior da catedral de Santo António. Tal como muitos dos presentes, Carla vestia as camisolas do clube, verdes e azuis.
Segundo os últimos dados oficiais, o acidente provocou 71 mortos, 51 ligados ao clube brasileiro e 20 jornalistas.
Residentes inconformados desta cidade brasileira com cerca de 200.000 habitantes - um centro de agro-negócios no estado de Santa Catarina, perto da fronteira com a Argentina -, vagueavam na terça-feira pelas ruas em volta do estádio – conhecido como Arena Condá – em silêncio.
“A cidade está muito calada”, disse o empresário Cecilio Hans.
“As pessoas só vão acreditar quando os corpos começarem a chegar”, acrescentou.
O avião em que viajava a equipa dirigia-se a Medellín, na Colômbia, onde o Chapecoense ia disputar a primeira mão da final da Taça Sul-Americana com o Atletico Nacional. O acidente aéreo ocorreu na segunda-feira à noite, perto de Medellín.
O aeroporto de Medellín informou que o avião declarou-se "em emergência" às 22:00 locais (03:00 Lisboa) "por falhas técnicas".
Comentários