A seleção feminina portuguesa de futebol "A" está em estágio para preparar o derradeiro encontro da fase de qualificação para o Europeu de 2013, frente à Dinamarca, mas, sem possibilidade de apuramento, pensa já nos próximos compromissos.
Independentemente do resultado frente às dinamarquesas, que lideram o grupo 7 de qualificação, com cinco jogos e outras tantas vitórias, e têm um impressionante registo de 24 golos marcados, sem qualquer sofrido, Portugal vai ficar no quarto lugar, o penúltimo do grupo, que inclui ainda Áustria, República Checa e Arménia.
Face a esta contingência, o treinador luso, António Violante, admite que a equipa já está a pensar no futuro e que o importante é aproveitar este momento para «tentar evoluir e ir compondo a seleção em termos de renovação».
Pelos bons resultados conseguidos no Europeu de sub-19, em que Portugal chegou às meias-finais e porque há atletas com muito valor, António Violante chamou três jogadoras que fizeram parte dessa equipa, num processo que define como «normalíssimo» de renovação.
Uma dessas atletas é Vanessa Malho, jogadora do Vilaverdense, de apenas 16 anos, que se estreia na equipa principal. Em declarações à agência Lusa, a atleta, que nasceu em Lyon, mas veio para Portugal aos quatro anos com os pais, emigrantes em França, está radiante com esta nova experiência e agradece às colegas e à equipa técnica a forma como a receberam.
Embora tenha expetativas de se estrear frente à Dinamarca, Vanessa Malho, que joga a ponta de lança ou extremo e tem Cristiano Ronaldo como ídolo, diz que cabe ao técnico decidir, mas, mesmo que não jogue, «é muito bom estar na seleção A».
Já no estágio, António Violante viu-se obrigado a dispensar a avançada do Marítimo Laura Luís, que sofre de uma lesão que a ia impedir de treinar, pelo menos, durante três dias. Para o seu lugar, foi chamada Carolina Mendes, do CL de Olivenza, que se juntará ao grupo na tarde de hoje.
Com 10 das 18 jogadoras a atuar no estrangeiro, a tarefa de acompanhar as atletas fica mais difíci,l mas o treinador português não se queixa, porque é sinónimo de que as futebolistas estão a evoluir.
«Não é que se trabalhe muito melhor no estrangeiro. Trabalha-se é mais, porque há outro tipo de condições para o futebol feminino. As atletas usufruem disso e dá para ver que estão melhores», assume António Violante, que acredita que o futebol feminino está a evoluir em Portugal.
«Estão a surgir mais jovens a jogar, o que é um fator preponderante para depois o nosso campeonato vir a ser melhor. Mas é um processo que não se faz de um ano para o outro», alerta.
Nos primeiros treinos do estágio, que começou na quinta-feita e termina no domingo, em Rio Maior, tem sido dado especial destaque à organização defensiva. António Violante diz que é preciso «arranjar os antídotos necessários para contrariar a Dinamarca», mas garante que «nenhuma seleção entra em campo para perder, e esta também não o fará».
Depois da Dinamarca, cujo jogo está marcado para Vejle, no dia 19 de setembro, às 17h00 (18h00 locais), a seleção feminina de Portugal irá disputar, de 09 a 19 de dezembro, o Torneio Internacional de São Paulo, no Brasil, com as suas congéneres do México, Dinamarca e Brasil. Segue-se, em Março de 2013, o mundialito de futebol feminino.
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