"Mesmo o salário do mês de Agosto foi pago aos bochechos", disse à Agência Lusa o presidente do Sindicato dos Jogadores, Joaquim Evangelista, que denunciou situações dramáticas vividas pelos jogadores do clube, desde despejos por falta de pagamento aos senhorios a chegadas em "jejum" aos treinos por falta de dinheiro para se alimentarem.

Insensível à situação dos jogadores tem-se revelado o presidente do clube, António Manuel, que permanece incontactável, há várias semanas, depois de lhes ter prometido um Natal com um "mínimo de dignidade", mas ficaria pela promessa.

Nessa altura, os jogadores reuniram e decidiram, em protesto, parar durante dois treinos entre o Natal e o fim-de-ano, o que suscitou uma reacção do presidente António Manuel que lhes enviou um recado através de interposta pessoa.

"Mandou dizer que já tinha o dinheiro para pagar, mas que já não o faria, visto que os jogadores tinham feito greve", revelou à Agência Agência Lusa um jogador do plantel do Pontassolense.

Deste fazem parte 8 jogadores profissionais, mas todo têm contrato com o clube, do qual são dependentes, uma vez que só dois dos jogadores do plantel conciliam a actividade futebolística com outra em "part-time".

O Pontassolense defronta domingo o rival União da Madeira, mas só sábado se ficará a saber se a equipa vai marcar presença no jogo, decisão que os jogadores irão tomar depois do treino matinal.

A Lusa tentou contactar o presidente do Pontassolense, António Manuel, para ouvir a sua versão dos acontecimentos, mas todas as tentativas resultaram infrutíferas.