O plantel do Vitória de Setúbal, do Campeonato de Portugal de futebol, voltou hoje, pelo segundo dia consecutivo, a fazer greve aos treinos devido aos salários em atraso, confirmou à Lusa fonte do clube.
A decisão foi tomada pelo grupo de trabalho depois da chegada ao Estádio do Bonfim, local para onde estava agendada mais uma sessão de trabalho da equipa da série H do Campeonato de Portugal.
A greve aos treinos acontece depois de no dia anterior os jogadores também terem recorrido à mesma forma de protesto. Depois de se terem recusado a treinar em 29 de setembro e 30 de outubro, esta é a terceira vez em 2020/21 que o clube vê o plantel fazer greve devido ao incumprimento salarial.
Mesmo depois da eleição da nova direção, presidida por Paulo Rodrigues, que assumiu o cargo em 18 de outubro, os atletas alertam para o facto de nada ter sido feito até ao momento. Em comunicado publicado sexta-feira, a direção do Vitória de Setúbal mostra-se solidária com a equipa.
“Estamos todos solidários com a nossa equipa profissional, tivemos várias reuniões com os 4 capitães e sempre nos pautámos pela verdade, transparência e trabalho, e apresentámos nossa solução para o futuro da SAD”, escreveu.
No documento publicado no sítio oficial do clube, a direção revela o ponto da situação em relação aos investidores.
“Esta sexta-feira já recebemos por correio registado a carta de intenções e a proposta oficial de aquisição da SAD. Durante a próxima semana vamos elaborar junto da administração da Fundbox um contrato entre as partes para podermos marcar uma Assembleia-Geral, e levar a votação e discussão dos nossos sócios para ser votada”, informa.
O Vitória de Setúbal, que foi relegado da I Liga ao Campeonato de Portugal por incumprimento dos pressupostos para inscrição nas provas profissionais, tinha agendado para segunda-feira um jogo no reduto do Olhanense, a contar para a série H do Campeonato de Portugal, partida que foi entretanto adiada por decisão do Governo devido à atual crise pandémica da covid-19.
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