O Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) denunciou, esta sexta-feira, à PSP (Polícia de Segurança Pública) a situação que está a ser vivida por três jogadores de futebol do Sport Clube Praiense,
Hélder Monteiro, Danilson Ribeiro e Mário Sérgio Vitorino revelaram ao sindicato que a direção do clube açoriano quis rescindir unilateralmente os seus contratos sem motivo e despejá-los das suas habitações.
Após uma primeira intervenção do SJPF junto do presidente do clube, Adroaldo Rocha, sem qualquer efeito. Este organismo decidiu avançar com uma queixa na PSP.
Confira na íntegra o comunicado do SJPF:
« O Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) denunciou esta tarde à Polícia de Segurança Pública (PSP) de Angra do Heroísmo a situação vivida pelos jogadores Hélder Monteiro Có, Mário Sérgio Vitorino e Danilson Ribeiro, futebolistas que se sentem ameaçados na sua segurança física e no direito à habituação depois de o presidente do Sport Clube Praiense os ter pressionado para abandonarem o clube e o local de residência.
Os jogadores, que vivem em habitação cedida pelo Sport Clube Praiense, denunciaram ao SJPF a pressão de que têm sido alvo. O presidente do SJPF entrou em contacto com Adroaldo Rocha, tentando alertá-lo para a razoabilidade do que está a propor – pretende colocar termo à relação laboral com os futebolistas sem liquidar despesas e ameaçando com despejo –, mas a reacção do dirigente em causa só acentuou a urgência da denúncia à PSP.
“Há dirigentes que se colocam acima da lei e que se julgam impunes. A conversa que tivemos revelou total insensibilidade e desumanidade para com os problemas vividos pelos jogadores. Procurando antecipar qualquer problema, avançámos com a denúncia. Reconhecemos que há clubes que vivem em dificuldades, mas nada justifica actos desta natureza”, afirma Joaquim Evangelista.
O SJPF realça que este tipo de situações tem vido a ser recorrente. Por outro lado, os jogadores que representam clubes nas ilhas sofrem de um isolamento prejudicial. Mário Sérgio Vitorino, um dos futebolistas afectados, confessou a sua surpresa com o tratamento recebido. “Estava jogar, estava tudo normal até que, de um dia para o outro, veio um director a casa dizer que já não era jogador do clube. Fizeram-me uma proposta de rescisão, não aceitei, e depois o advogado do clube veio dizer que o Praiense não paga um tostão por um jogador que se vai embora; depois disto ainda me disseram para abandonar a casa».
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