O Grupo Desportivo de Chaves, clube da II Divisão portuguesa de futebol, confirmou hoje que os elementos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) identificaram, na quinta-feira, quatro atletas estrangeiros das camadas jovens.
O presidente da Comissão Administrativa do Chaves, Bruno Carvalho, afirmou, em comunicado enviado à agência Lusa, que nem o clube, nem nenhum dos atuais ou anteriores membros da comissão, foi, na sequência das diligências, constituído arguido.
Durante a tarde de quinta-feira, uma equipa do SEF fez buscas às instalações do clube de Trás-os-Montes por suspeitas de auxílio à imigração ilegal, falsificação de documentos e tráfico de menores.
Bruno Carvalho refere que os inspetores apreenderam e analisaram documentos relativos a jogadores estrangeiros desde a época de 2009/2010 até à atualidade.
No seguimento das diligências, a equipa do SEF identificou quatro jogadores estrangeiros das camadas jovens - Lamine, Zacarias, Lathyr e Assane -, tendo dois deles o visto de permanência caducado.
«Nesse sentido, procederemos à regularização da sua situação, mas é bom que se saiba que lamentamos o sucedido e procederemos à responsabilização da pessoa encarregue desses processos e que pertence aos serviços administrativos», disse.
Os jovens africanos que residem na cidade e jogam no clube não estão, nem nunca estiveram, segundo Bruno Carvalho, presos dentro de casa, «porque andam na escola, circulam livremente, vivem numa habitação condigna e nenhum passa fome».
O presidente do Desportivo de Chaves refere que as buscas resultaram de uma queixa anónima sobre um diretor do clube com o objetivo de constatar a existência de alojamento de atletas estrangeiros em situação ilegal e de proceder à apreensão da sua documentação.
A Comissão Administrativa, diretores e jogadores do clube estão, segundo o comunicado, solidários com o diretor visado, cuja imagem alguém está a tentar «nitidamente denegrir».
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