Mohamed Salah desbloqueou hoje um jogo inesperadamente difícil para o Egito de Carlos Queiroz na Taça das Nações Africanas de futebol (CAN), marcando o golo único no triunfo por 1-0 sobre a Guiné-Bissau.
Depois de uma primeira parte forte dos ‘faraós’, foi na etapa complementar, quando a equipa já revelava algum nervosismo, até pela atitude mais ousada do adversário, que a estrela do Liverpool beneficiou de falha defensiva para garantir os três primeiros pontos na competição, numa partida em que a sua equipa acertou três vezes nos postes.
A Nigéria, que hoje bateu o Sudão por 3-1, lidera o Grupo D com o pleno de seis pontos, seguida do Egito com três, da Guiné-Bissau, que não marca um golo há seis encontros, com um, os mesmos do Sudão.
O embate entre os sexto e 24.º classificados do ranking africano não foi tão desnivelado quanto se adivinhava, uma lógica baseada no facto do Egito ser o recordista de êxitos na competição, com sete troféus em 32 edições, o último em 2010, enquanto a Guiné-Bissau nunca venceu um jogo em fases finais, disputando atualmente a terceira, consecutiva, do seu historial.
Depois da derrota 1-0 com a Nigéria, Carlos Queiroz proveu quatro alterações na equipa – dois laterais e dois médios – o mesmo acontecendo na Guiné-Bissau que no onze titular contou com os ‘portugueses’ Encada, do Leixões, Mané, do Moreirense, e Cande, do Portimonense, todos defesas, bem como o médio Bura, do Farense, numa equipa com nove atletas que já competiram em Portugal.
Naturalmente, o Egito assumiu as despesas do jogo e logo ao segundo minuto Salah, de fora da área, fez tremer a base do poste esquerdo da baliza de Jonas Mendes, regressado após recuperar do coronavírus.
Aos 18 minutos, Mostafa Mohamed, no interior da área, imitou o seu colega ao acertar exatamente no mesmo poste, em novo lance de sorte para os guineenses.
O conjunto de Baciro Candé ainda ia subindo no terreno na primeira metade da etapa inicial, contudo os ‘faraós’ foram intensificando o domínio até ao intervalo, inclusivamente com alguns períodos de sufoco, sucedendo-se as oportunidades que poderiam ter resultado em golo.
No segundo tempo o jogo foi bem mais partido, com a Guiné-Bissau mais atrevida ante um Egito que cedo começou a revelar inesperado nervosismo.
Ainda assim, a experiência de Salah resolveu, quando, aos 69 minutos, nas costas de Opa Sangante, que o colocou em jogo, rematou cruzado, sem oposição, para o único tento da partida.
Aos 75 minutos, Zizo, na área, enviou a terceira bola ao poste e aos 82 a Guiné-Bissau marcou por Balde, em vistoso lance individual, contudo o tento seria invalidado pelo VAR, por falta sobre o primeiro rival que fintou.
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