A Argentina sentiu no sábado problemas para superar o Equador e rumar às meias-finais da Copa América em futebol, num jogo em que o 3-0 final, em Goiânia, só foi possível porque os ‘albi-celestes’ têm Lionel Messi.
No primeiro jogo na prova como desempregado, depois de ter finalizado contrato com o FC Barcelona, fez as assistências para os golos de Rodrigo de Paul (40 minutos) e Lautaro Martínez (84) e, a acabar (90+3), fechou a contagem de livre direto.
Messi, que completou há poucos dias 34 anos, passou a somar 76 golos e 44 assistências pela Argentina, em 148 jogos, e 13 golos e 16 assistências na Copa América, incluindo os quatro tentos e os quatro passes para golo na edição de 2021.
Mais importante do que os números, é, porém, o apuramento para as ‘meias’ – confronto com a Colômbia, na terça-feira -, e a manutenção do sonho de vencer pela Argentina, que não ganha um título desde a vitória na Copa América de 1993.
O 3-0 final esconde, ainda assim, as dificuldades que a formação comanda por Lionel Scaloni sentiu na segunda parte, até ao segundo golo, depois de uma primeira que dominou por completo, mas na qual não foi eficaz, Messi incluído.
A formação equatoriana pode queixar-se dos falhanços de Enner Valencia, que teve várias oportunidades para marcar, num jogo em que a entrada ao intervalo do jogador do Sporting Gonzalo Plata melhorou substancialmente o conjunto de Gustavo Alfaro.
Os argentinos entraram a dominar, instalaram-se no meio-campo do Equador e criaram a primeira grande oportunidade aos 14 minutos, com Lautaro Martínez a ganhar ao guarda-redes Galindez, mas a ver o seu remate ser intercetado por Arboleda.
Aos 16 minutos, Pezzella surgiu em boa posição na área, mas atirou ao lado, após canto de Messi, que, aos 22, isolado por um atraso ‘disparatado’ de Gruezo, fez que o não é habitual, atirando ao poste esquerdo à saída de Galindez.
Um livre de Mena às malhas laterais, aos 35 minutos, foi o primeiro sinal do Equador, que, aos 38, teve uma grande ocasião para marcar, com Enner Valencia, de cabeça, ao primeiro poste, e Franco, ao segundo, a não chegarem a um centro de Palacios.
A Argentina sentiu o perigo, ameaçou aos 39 minutos, por Acuña, e chegou mesmo ao golo aos 40: Messi isolou Nicolás González, Galindez defendeu e a bola sobrou de novo para o ‘10’, para este isolar, desta vez, Rodrigo de Paul, que não podia falhar.
Na parte final da primeira parte, Nicólás González, por duas vezes, após livre de Messi, voltou a falhar, aos 45 minutos, tal como Enner Valencia, aos 45+3, com um cabeceamento ao lado, após centro de Mena, na direita.
Com Estrada e o ‘leão’ Gonzalo Plata nos lugares de Gruezo e Palacios, os equatorianos entraram melhor na segunda parte, com Enner Valencia a voltar a não acertar, aos 58 e 70 minutos, e Nicolás González quase a marcar na própria baliza, aos 64.
A Argentina só logrou criar perigo aos 74 minutos, num remate de fora da área, pouco ao lado, de Messi, que voltou a tentar aos 76, num livre contra a barreira.
Gonzalo Plata assustou novamente aos 80 minutos, mas, aos 84, Hincapie perdeu a bola, perante a pressão de Di María e Messi, que ficou com a bola e, altruísta, num ‘três contra um’, assistiu Lautaro Martínez, que ‘fuzilou’ Galindez.
A discussão do apuramento ficou aí encerrada, mas a Argentina ainda chegou ao terceiro golo, após uma arrancada imparável de Di María, que, isolado, foi travado em falta por Hincapie.
Numa primeira instância, o árbitro assinalou penálti e mostrou o amarelo ao equatoriano, mas, depois de ver as imagens do VAR, mudou para livre e vermelho direto: indiferente, Messi marcou na mesma, colocando a bola junto ao poste esquerdo, aos 90+3 minutos – já tinha marcado de livre direto ao Chile.
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