O primeiro-ministro expressou solidariedade ao seu homólogo belga, Alexander De Croo, pelo ataque ocorrido em Bruxelas, na segunda-feira à noite, em que pelo menos duas pessoas morreram baleadas, disse à Lusa fonte oficial do Governo.

 De acordo com os órgãos de comunicação social belgas, o atirador ainda não foi detido pela polícia e as vítimas serão cidadãos de nacionalidade sueca.

Ainda segundo fonte da polícia belga, que falou com a Associated Press sob a condição de anonimato, as duas vítimas estavam com camisolas da seleção de futebol sueca.

Um vídeo, aparentemente captado no momento do crime e que foi difundido pelas redes sociais, mostra uma pessoa com uma arma de fogo a disparar no meio de uma rua no bairro de Molenbeek. Enquanto as pessoas que estão na rua fogem, o atirador entra num edifício e pelo menos três tiros são audíveis.

A seleção nacional de futebol da Bélgica e a da Suécia jogaram hoje em Bruxelas, mas o encontro não recomeçou depois do intervalo, e as autoridades impediram as pessoas de abandonar o estádio Heysel, a cerca de três quilómetros do local do tiroteio, de acordo com a imprensa local.

O Presidente da República, que se encontra em Bruxelas para uma visita de Estado à Bélgica, considerou prematuro ligar o ataque a tiro que aconteceu nesta cidade à situação no Médio Oriente.

Segundo o chefe de Estado, "é prematuro nesta altura estabelecer uma ligação entre isso e aquilo que está a acontecer no Médio Oriente".

Em relação ao programa da sua visita de Estado à Bélgica, que decorrerá entre hoje e quinta-feira, adiantou: "Vamos seguir, em princípio, todo o programa que estava previsto".

O Presidente da República contou que tinha saído de um jantar privado oferecido pelos reis dos belgas, Philippe e Mathilde, quando teve conhecimento de que "havia uma situação que coincidia com o jogo que está a realizar-se em Bruxelas, entre a Bélgica e a Suécia, em que houve a morte violenta de dois suecos".

"As autoridades competentes entenderam que eu deveria seguir diretamente para o hotel e eu, naturalmente, respeitei. Quando se trata de segurança num país estrangeiro o chefe de Estado visitante não se pode permitir entrar em colisão com as indicações de segurança", declarou.