O pontapé de saída do EURO2020 é dado esta noite, a partir das 20h00 (de Portugal continental) em Roma, no Stadio Olimpico, com um embate entre Itália e Turquia, a contar para o Grupo A.
Um encontro e um torneio que surgem um ano e um dia depois da data inicialmente prevista, em virtude do adiamento ditado pela pandemia de COVID-19 e que traz muitas novidades, a começar pelo facto de as partidas estarem divididas por nada mais, nada menos do que 11 países distintos. A ideia da UEFA passou por assinalar assim os 60 anos do torneio.
Onze cidades anfitriãs
São, pois, 11 as cidades que vão acolher jogos desta que será a 16.ª edição da prova. Roma, palco do encontro de abertura, vai receber no Stadio Olimpico três jogos da fase de grupos, um jogo dos quartos-de-final. Londres, que acolherá a decisão da prova, será o palco da final e meias-finais, dois jogos dos oitavos-de-final, três jogos da fase de grupos.
Amesterdão (Johan Cruijff ArenA), Bucareste (Arena Nacional), Budapeste (Arena Ferenc Puskás), Copenhaga (Estádio Parken), Glasgow (Hampden Park) e Sevilha (Estádio La Cartuja) vão, todas, receber três jogos da fase de grupos, um jogo dos oitavos-de-final.
Já Baku (Estádio Olímpico) e Munique (Fußball Arena München) vão, tal como Roma, receber três jogos da fase de grupos, um jogo dos quartos-de-final.
Por fim, São Petersburgo, na Rússia, será a seguir a Londres a cidade que receberá mais jogos (sete): seis jogos da fase de grupos, um jogo dos quartos-de-final.
Quem vai jogar contra quem?
Esta será a segunda edição de um Europeu a contar com 24 seleções na fase final, depois de o mesmo já ter acontecido em 2016. Serão, assim, seis os grupos a serem disputados, cada um com quatro equipas.
No Grupo A vão estar Turquia, Itália, País de Gales e Suíça, enquanto no Grupo B estarão Dinamarca, Finlândia, Bélgica e Rússia.
O Grupo C é composto por Holanda, Ucrânia, Áustria e a estreante Macedónia do Norte e no Grupo D estarão Inglaterra, Croácia, Escócia, República Checa.
O Grupo E pertence a Espanha, Suécia, Polónia e Eslováquia, com Portugal, detentor do troféu, a medir forças no Grupo F com Hungria, França e Alemanha.
Em frente, para os oitavos de final, seguirão os dois primeiros classificados de cada grupo, mais os quatro melhores terceiros classificados.
A que horas vão ser os jogos?
Depois do jogo inaugural, esta sexta-feira, às 20h00 (hora de Portugal continental), teremos por norma jogos a três horários diferentes: 14h00, 17h00 e 20h00. Ou seja, ao longo dos próximos dias teremos direito a três jogos por dia, com algumas exceções.
Na terceira jornada da fase de grupos os jogos de cada grupo decorrerão à mesma hora, ou seja, teremos alguns jogos sobrepostos a decorrerem quer as 17h00, quer às 20h00.
Os oitavos-de-final serão, jogados ao ritmo de dois por dia, entre e 26 e 29 de junho, um também às 17h00 e outro às 20h00.
Os quartos de final serão a 2 e 3 de julho, nos mesmos horários, enquanto as meias-finais terão lugar a 6 e 7 de julho, ambas às 20h00. Nos Campeonatos da Europa já não há jogo de atribuição do 3.º lugar e a final será a 11 de julho, a partir das 20h00.
E Portugal, quando entra em cena?
A Seleção Nacional, campeã europeia em título, inicia a defesa do troféu na terça-feira, dia 15, em Budapeste, a partir das 17h00 (hora de Portugal continental) frente a uma das anfitriãs, a Hungria.
Na segunda jornada do Grupo F, Portugal defrontará, depois outra das anfitriãs: a Alemanha, em Munique, no dia 19, também a partir das 17h00.
Para 24 de junho está agendada a reedição da final de 2016, com Portugal a enfrentar a França a partir das 20h00, em Budapeste.
Quem é a mascote do torneio?
Como é hábito em todos os Campeonatos da Europa de futebol e na maior parte das grandes competições desportivas, o EURO2020 também tem a sua mascote. Trata-se do Skillzy, uma figura inspirada no "freestyling", street e cultura panna.
A mascote procura transmitir a beleza do futebol 'freestyle, de rua, aos adeptos do futebol em toda a Europa.
O Skillzy sucede ao Super Victor, mascote do EURO2016, e a outras mascotes lendárias de anteriores Europeus de Futebol, entre elas o Kinas, mascote do EURO2004, disputado em Portugal.
Pandemia condiciona público, mas vai haver adeptos nos estádios
Apesar da COVID-19 ainda estar bem presente na realidade europeia, todos os estádios do EURO2020 irão permitir que os adeptos assistam aos jogos, embora com diferentes proporções.
São Petersburgo e Baku confirmaram capacidades de 50% da lotação dos respetivos recintos, Budapeste onde Portugal disputará dois jogos, será o único recinto com 100% da capacidade do estádio, mas com requisitos rígidos de entrada para os espectadores, enquanto Amsterdão, Bucareste, Copenhaga, Glasgow, Roma e Sevilha terão entre 25% a 45% da capacidade do estádio.
Londres, palco dos jogos decisivos, confirmou uma capacidade mínima de 25% para os três primeiros jogos da fase de grupo e uma partida dos oitavos-de-final, alargando depois esse número (em função da situação pandémica na altura, para as meias-finais e final).
Já Munique, onde Portugal também jogará, receberá 14.500 espectadores, o que corresponde a aproximadamente a 22% da capacidade do estádio.
Com tudo isto, como será a cerimónia de abertura?
Martin Garrix, autor da música oficial do EURO, Bono e The Edge vão atuar na abertura do UEFA EURO 2020, mas será uma cerimónia de abertura com contornos diferentes daqueles a que estamos habituados.
A apresentação será virtual, recorrendo a tecnologia de ponta para aproximar os adeptos da estreia da competição.
A música será tocada integrada na cerimónia de abertura momentos antes do início do primeiro jogo do torneio entre a Itália e a Turquia.
E como será se alguma seleção de vir afetada por casos de COVID-19?
Os jogadores e staff de todas as seleções serão testados regularmente ao longo do torneio, antes dos jogos. Foi determinado pela UEFA que uma seleção terá de se apresentar em campo para disputar um encontro sempre que tenha, no mínimo, 13 jogadores disponíveis para alinharem.
Caso tal não suceda, o encontro será adiado por 48 horas e, se mesmo assim essa seleção não conseguir apresentar-se em campo, verá ser-lhe decretada uma derrota 'na secretaria'.
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