A seleção portuguesa de futebol fez hoje algo inédito no Allianz Arena, em Munique, ao sofrer a primeira reviravolta em fases finais de grandes competições nos 90 minutos, ao 67.º encontro.
Em 36 jogos em Europeus e 30 em Mundiais, Portugal nunca tinha perdido um jogo sem prolongamento depois de estar na frente do marcador, registo notável quebrado hoje, face à Alemanha, com a qual perdeu por 4-2, depois de liderar por 1-0.
Cristiano Ronaldo adiantou a formação das ‘quinas’, aos 15 minutos, mas autogolos de Rúben Dias, aos 35, e Raphaël Guerreiro, aos 39, e tentos de Kai Havertz, aos 51, Robin Gosens, aos 60, viraram para 4-1, com Diogo Jota a reduzir, aos 67.
Desta forma, a seleção portuguesa viveu algo inédito, sendo que já tinha passado por duas situações idênticas, mas em prolongamento, curiosamente em duas meias-finais com a França, dos campeonatos da Europa de 1984 e 2000.
Em 1984, Portugal adiantou-se (2-1) já no tempo extra, quando Jordão ‘bisou’, mas Domergue, que também marcou dois, e Platini colocaram a França na final e, em 2000, Nuno Gomes abriu o marcador ainda na primeira parte, mas os gauleses empataram na segunda e acabaram por chegar ao triunfo no prolongamento (2-1).
No tempo regulamentar, nos 90 minutos, a seleção lusa nunca tinha, no entanto, permitido qualquer reviravolta, sendo que, antes do jogo de hoje, havia liderado 17 jogos em Mundiais e 19 em Europeus, num total de 36 embates.
O desfecho desses encontros foram 31 triunfos e cinco igualdades, com Espanha (1-1 em 1984), Estados Unidos (2-2 em 2014), Islândia (1-1 em 2016), novamente Espanha (3-3 em 2018) e Irão (1-1 também em 2018).
Nestes números não entraram as vantagens conquistadas no prolongamento, face à Inglaterra (2-1), em 2004, e frente à Croácia (1-0) e a França (1-0), no Euro2016, sendo que o triunfo contra os gauleses aconteceu na final, em pleno Saint-Denis.
Comentários