Eduardo considera que a seleção portuguesa de futebol é candidata a lutar pelo título no Campeonato da Europa 2024 e espera que a equipa de 2016, da qual fez parte e se sagrou campeã europeia, sirva de exemplo.

“Somos candidatos a lutar pelo título, sem dúvida nenhuma. Acho que não temos que ter problemas com isso, como nós não tivemos [em 2016]. Isso dá responsabilidade à equipa e aos jogadores em relação ao compromisso que tem que haver. Espero que a nossa experiência e a nossa conquista sirva de exemplo de que é possível”, diz em entrevista à Lusa o antigo guarda-redes.

O ex-internacional português lembra que, no passado, Portugal esteve perto do título, mas só em 2016 ele chegou.

“Nós fomos os primeiros e, de certeza, que abrimos portas para o futuro porque esta é uma geração fantástica com jogadores que já ganharam tudo este ano [nos clubes], a qualidade está lá, espero como equipa que consigam, porque nós merecemos e eles também”, disse.

Portugal faz novamente parte do Grupo F, tal como em 2016, que partilha com Turquia, Geórgia e República Checa, mas, em entrevista à Lusa, Eduardo diz que “neste tipo de campeonatos não há grupos acessíveis”.

“As equipas têm imensos valores, todas as equipas têm jogadores a jogar nas melhores equipas e o ponto fundamental é perceber isso, que não há equipas fáceis, nem jogos fáceis porque a qualquer altura um jogo pode condicionar tudo o resto”, disse.

O antigo guarda-redes lembrou a caminhada difícil do Europeu de 2016, fazendo notar que “Portugal tem essa experiência”, além de “jogadores do melhor que existe e, de certeza, que vai encontrar o ponto de equilíbrio no seu espírito de grupo porque o valor está lá”.

“Temos tudo para ter sucesso e um pouco de sorte, como nós tivemos [em 2016]”, disse.

Sobre a convocatória de Roberto Martínez e a controvérsia que gerou por deixar de fora determinados jogadores, Eduardo considerou que é natural e “fruto da qualidade que existe” e que, agora, é tempo de união porque esta é “a lista que o selecionador entendeu escolher”.

“No meu tempo foi igual [a controvérsia], no passado também. Julgo que o fundamental é que pode haver discussão quando a lista sai, toda a gente tem a sua ideia, mas a partir do momento em que [os jogadores] estão lá, tem que haver uma união em prol da equipa”, diz.

Segundo Eduardo, “infelizmente, jogadores com imenso talento e que mereciam estar lá não vão, mas isso também aconteceu no passado”.

“Agora, são aqueles jogadores que nos vão fazer felizes, até aos que ficaram cá, e a vir para a rua festejar no fim”, desejou.

Sobre o posto que ocupou na sua carreira, considera que Portugal “está mais que bem servido”.

“Temos tudo: talento, experiência e juventude. Temos o Rui [Patrício] que vai dar uma ajuda enorme e, se for preciso, está lá para corresponder. O Diogo [Costa] tem uma experiência fantástica, o José [Sá] tem uma qualidade imensa até pelos campeonatos em que esteve”, elenca.

Para Eduardo, “o selecionador tem ali um grupo [de guarda-redes] de qualidade e unido, dentro e fora de campo, para ter sucesso: Portugal está preparado e, na baliza, estamos mais que bem guardados”, concluiu.