Nem quando se ganha está tudo bem e Kylian Mbappé foi arrasado por Emmanuel Petit, antigo campeão mundial por França em 1998. O francês não tem apreciado as exibições do capitão da seleção gaulesa e fez questão de mostrar o seu desagrado através de palavras muitíssimo afiadas.
"Mbappé tem de jogar contra a Espanha. Mas apenas porque o adversário é a Espanha. Caso contrário, tê-lo-ia deixado no banco. O facto de só ter sido substituído nos quartos de final contra Portugal a meio do prolongamento foi, na verdade, demasiado tarde. Teria de ter saído, o mais tardar, ao fim de uma hora. Desde o início do Campeonato da Europa que não tem estado ao seu melhor nível. Não está em boa forma física e o nariz partido também o prejudica. Neste momento, não é digno de ser capitão, não assume a devida responsabilidade em campo", assumiu Petit, em entrevista à RedaktionsNetzwerk Deutschland (RND).
As críticas não se limitaram a Mbappé e houve outro craque francês que não escapou à ira de Petit. "Antoine Griezmann é uma pedra angular desta equipa há dez anos, mas parece impotente no Campeonato da Europa. Nunca é capaz de fazer o passe decisivo - que é, de facto, o seu grande ponto forte. O mesmo se passa com Kylian Mbappé. Ele é tudo menos eficaz na finalização. Além disso, os adversários sabem como o travar. Mas a França de Deschamps só tem sucesso quando esses jogadores mostram a sua classe individual, o que atualmente é muito raro", continuou.
Por fim, houve também palavras para o selecionador francês, Didier Deschamps. "A falta de vigor ofensivo é uma questão perene na França, que tem a ver com o estilo de jogo cauteloso do técnico Didier Deschamps. É o eterno debate entre os pragmáticos e os românticos. No final, só os vencedores serão recordados. É isso que conta. Ninguém está interessado na forma como os sucessos foram alcançados. Os jogadores e a equipa técnica pensam de forma completamente diferente dos meios de comunicação social e dos adeptos. Neste aspeto, continuam a seguir o seu próprio caminho e estão completamente convencidos de si próprios", concluiu.
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