A Hungria é um dos países participantes no Euro2020 que irá receber jogos desta prova inédita, disputada em 11 cidades europeias. Budapeste, capital do país, receberá dois jogos da seleção lusa na fase de grupos (contra Hungria e França) e um terceiro, caso Portugal, seja um dos terceiro melhores colocados.
Os húngaros fazem parte do Grupo F onde, além de Portugal (15 de junho), vão medir forças com França (19 de junho) e Alemanha (23 de junho).
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A Hungria já produziu talentos como József Bozsik, Zoltán Czibor, László Budai, Gyula Grosics, Sándor Kocsis e Ferenc de Puskás, jogadores que formaram os 'mágicos magiares' na década de 50 do século passado.
Como se apurou?
A Hungria sofreu e muito para se apurar para o Europeu2020. Os magiares ficaram no 4.º lugar no Grupo E, com 12 pontos, atrás de Croácia (17), País de Gales (14) e Eslováquia (13). No último lugar, ficou o Azerbaijão, com apenas um ponto. Os húngaros perderam com País de Gales, Eslováquia (duas vezes) e Croácia. No play-off, venceram a Bulgária fora por 3-1 e afastaram a Islândia por 2-1, com Loic Négo, aos 88, e Dominik Szoboszlai, aos 90+2, selaram a reviravolta.
Histórico com Portugal
Esta será o terceiro jogo de Portugal com a Hungria numa fase final, de uma grande prova, depois de embates na ‘rota’ para o ‘bronze’ Mundial, em 1966, e para o título europeu, em 2016. Portugal cruzou-se com a Hungria nas suas melhores prestações em Europeus e Mundiais. A 13 de junho de 1966, no primeiro jogo de sempre da equipa das ‘quinas’ numa fase final, os ‘magriços’ venceram por claros 3-1, com dois tentos de José Augusto e um de José Torres, contra um de Bene.
Em 22 de junho de 2016, em Lyon, um golo de Nani e dois de Cristiano Ronaldo, salvaram o ‘onze’ de Fernando Santos, que depois viria a conquistar a prova, numa final com a anfitriã França (1-0 após prolongamento). Além destes dois jogos, Portugal soma mais 11 face à Hungria e, no total, totaliza nove vitórias e quatro empates, estando, assim, invicto. Depois do Europeu de 2012, já bateu por duas vezes os magiares, na qualificação para o Mundial de 2018.
Estrela da equipa
A Hungria não vai poder contar com Dominik Szoboszlai, a estrela da equipa. O jogador mais caro da história do futebol húngaro lesionou-se na virilha em dezembro de 2020 já depois de se transferir para o seu novo clube, o RB Leipzig e não joga desde então.
Sem Szoboszlai, sobram o guarda-redes Peter Gulácsi e o central Willi Orbán como principais nomes da seleção orientada pelo italiano Marco Rossi. Gulácsi é o guarda-redes titular do RB Leipzig, com muita experiência de Liga dos Campeões, tal como o Willi Orbán, jogador de 28 anos que fez toda a sua formação na Alemanha.
Principais jogadores
Além Gulácsi e o Willi Orbán, destaca-se igualmente os avançados Roland Sallai, que soma oito golos pelo Friburgo na Bundesliga, e Adam Szalai, do Mainz. Há outros nomes a ter em conta como é o caso do avançado Attila Szalai (Fenerbahçe, Turquia). A principal surpresa nos convocados prende-se com a chamada de Janos Hahn, avançado do Paksi, de 26 anos, que é o melhor marcador da Liga húngara, com 22 golos, e ainda não contabiliza qualquer internacionalização.
Onze tipo
Peter Gulacsi; Attila Fiola, Gergo Lovrencsics, Willi Orban, Attila Szalai; Ádám Nagy, Loïc Négo, Filip Holender, László Kleinheisler; Roland Sallai e Ádám Szalai,
Palmarés em Europeus
A Hungria está pela quarta vez na fase final de um Europeu de futebol, repetindo 1964, 1972 e 2016, e têm como melhor registo o terceiro lugar na estreia. Em Mundiais, estiveram em duas finais, mas perderam ambas, em 1938 e 1954, nesta última com uma ‘super’ equipa, na qual pontificavam Puskás, Kocsis e Czibor.
A Hungria conta com três medalhas de Ouro no futebol em Jogos Olímpicos (1952, 1964 e 1968).
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