O vice-presidente da Federação Angolana de Futebol (FAF) José Carlos Miguel admitiu hoje a possibilidade de a próxima edição do Girabola ser disputada com menos equipas, comparativamente às 16 atuais.
Em causa está a desistência do Cuando Cubango FC, do Girabola, por razões financeiras, facto que preocupa o órgão reitor do futebol angolano, bem como os aficionados da modalidade em Angola.
Nos últimos anos, várias são as equipas que, após ascenderem à primeira divisão do futebol angolano, ameaçam desistir do Girabola, por falta de meios financeiros, sendo que outras desistem a meio da competição, o que motiva a FAF a garantir que na edição 2023/24 do campeonato angolano não vai permitir que ações do género se repitam.
“Temos cada vez mais apertadas as normas de licenciamento, e para a próxima edição do Girabola vamos implementar novas normas. Tem de haver seriedade nos nossos clubes quando se inscrevem. […] A garantia terá de ser real, de outra maneira o que poderá acontecer é termos um campeonato com um número reduzido de equipas” garantiu.
José Carlos Miguel admitiu, por outro lado, que a recente desistência do Cuando Cubango FC, antes do arranque da segunda volta do Girabola, feriu a verdade desportiva.
“Foi com muito desagrado que tomamos conhecimento deste assunto. Hoje, em função desta desistência, o nosso campeonato fica completamente desequilibrado e, pior do que isso, fere a verdade desportiva, na medida em que a quem tenha conseguido pontos frente ao Cuando Cubango FC, na primeira volta, que lhe davam já algum alento, para a segunda volta e para as contas finais, mas hoje vê os pontos perdidos” admitiu.
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