A Confederação Africana de Futebol (CAF) acatou hoje o pedido do presidente da FIFA para que respeitasse a obrigação de neutralidade, abstendo-se de tomar posição a favor de Marrocos no processo de escolha do país organizador do Mundial2026.
Marrocos esperava que a 40.ª Assembleia-Geral da CAF fosse uma oportunidade para obter apoio à sua candidatura ao Mundial2026 em nome do continente africano, contra a candidatura conjunta de Estados Unidos, México e Canadá.
Na abertura dos debates, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, apelou aos delegados que respeitassem a sua obrigação de neutralidade: “Peço-vos que façam tudo para que este processo seja o mais saudável possível… trata-se da nossa credibilidade”.
Recentemente a FIFA enviou uma circular pedindo aos eleitores que “se abstenham de fazer declarações orais ou escritas sobre os candidatos”.
No entanto, o presidente da CAF, Ahmad Ahmad, que já tinha expressado o seu apoio “franco e massivo” à candidatura de Marrocos, não excluía na quinta-feira à tarde que a organização a que preside assumisse uma posição em favor do país norte-africano.
“Vivemos numa era de democracia, somos soberanos para tomar as nossas decisões”, disse hoje Ahmad Ahmad no discurso inaugural da Assembleia Geral, reiterando mais tarde, no período destinado ao debate sobre a questão, que “África deve ganhar”, embora sem nunca evocar formalmente a candidatura de Marrocos.
Mais tarde, em conferência de imprensa, Ahmad Ahmad isnsitiu sobre os procedimentos para a atribuição do Mundial: “Há exigências a nível ético, a nível dos regulamentos, que cada um deve respeitar”.
A FIFA enviou uma recente circular, na qual constavam diretrizes a serem seguidas pelos 211 representantes das federações que terão que decidir em 13 de junho entre as candidaturas de Marrocos ou do trio EUA/México/Canadá.
Para Gianni Infantino, tais diretrizes visam virar a página de um passado, no qual "infelizmente, os procedimentos seguidos nas organizações do Mundiais eram questionados”
Comentários