O italiano Edoardo Bove, futebolista da Fiorentina que em 01 de dezembro sofreu uma paragem cardiorrespiratória durante a partida com o Inter, manifestou hoje a firme intenção de continuar a jogar, agradecendo todo o apoio que tem recebido.
“Estou verdadeiramente grato por pertencer a este mundo do futebol e agradeço de todo coração o carinho e a proximidade que vocês me demonstraram! Estou bem e isso é o mais importante! Até breve... Em campo! Edo”, escreveu o atleta, na rede Instagram.
O desportista de 22 anos, emprestado pela Roma, caiu inanimado ao minuto 17 do jogo da 14.ª jornada da Liga italiana, que seria suspenso: foi assistido de imediato por uma equipa médica, enquanto os jogadores de ambas as equipas fizeram uma roda à sua volta, para proteger a sua intimidade em momento crítico.
Bove seria retirado do Estádio Artemio Franchi de ambulância, com o árbitro a suspender o encontro, com as equipas a recolherem ao balneário.
“Nestes dias difíceis, tenho pensado muito. Este episódio desagradável mostrou-me, ainda mais do que eu pensava, que o futebol é muito mais do que um jogo, um campeonato: é uma comunidade de pessoas unidas pela mesma paixão que compartilham momentos de alegria, emoção, raiva, deceção e sofrimento”, elogiou.
Eduardo Bove fala do “vínculo indissolúvel” na comunidade do futebol que lhe dá “força para superar qualquer obstáculo”, revelando o “carinho” que recebeu tanto de companheiros quanto de rivais, numa onda de “energia positiva” que lhe permitiu “manter a calma, sem sentir a solidão normalmente presente neste tipo de dificuldades”.
O atleta, que teve alta na sexta-feira e no sábado visitou o grupo de trabalho ‘viola’, viu ser-lhe implantado um desfibrilador subcutâneo, um dispositivo passível de ser removido, mediante o resultado dos testes e o conhecimento das razões do seu colapso.
Os médicos cardiologistas que o têm acompanhado estão a explorar o seu código genético, de modo a esclarecer o motivo do incidente, e também o histórico do jogador, que já teve situações semelhantes no passado – em 2020, Bove havia tido uma miocardite, da qual tinha recuperado com cortisona e repouso.
Caso prossiga a carreira, a remoção ou não do desfibrilador vai determinar o destino, uma vez que em Itália os regulamentos federativos, mais restritivos, não o permitem.
O dinamarquês Christian Eriksen, que sofreu um incidente similar ao serviço da sua seleção, acabou por ter de deixar o Inter de Milão rumo ao futebol inglês (primeiro Brentford e agora Manchester United), joga com um aparelho semelhante, tal como o neerlandês Daley Blind, atualmente a representar os espanhóis do Girona.
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