As dificuldades financeiras e as elevadas dívidas dos clubes de futebol na Turquia levou a uma intervenção da Associação de bancos turcos e da Federação de Futebol para delinear um plano de reestruturação de dívida na ordem dos 11 mil milhões de liras turcas (cerca de 1,8 mil milhões de euros).
Segundo a informação veiculada pela Bloomberg, que cita a agência de informação turca Demiroren, a associação de bancos turcos e a federação de futebol da Turquia chegaram a um acordo na passada sexta-feira para implementar um plano de reestruturação de dívida na ordem dos 1,8 mil milhões de euros.
Recorde-se que o futebol na Turquia atravessa um período conturbado a nível financeiro com alguns dos maiores emblemas turcos a apresentarem elevadas dívidas devido à compra de jogadores e de terem registado altos prejuízos nos últimos meses.
De acordo com a informação veiculada pela referida agência de notícias turcas, os bancos vão elaborar planos para cada um dos clubes de futebol da Turquia enquanto que a federação vai supervisionar as finanças dos clubes. Outro dado veiculado pela Demiroren, a reestruturação da dívida vai também aumentar a maturidade da dívida para 10 anos.
Perante o anúncio desta medida, a associação dos bancos turcos fez questão de frisar que não será perdoada qualquer dívida aos clubes, e que este plano de reestruturação é apenas mais uma medida da banca perante um contexto económico adverso. Depois de a lira turca ter afundado 28% contra o dólar, em 2018, os bancos turcos foram obrigados a reestruturar cerca de 20 mil milhões de dólares de dívidas de forma a permitir que as empresas turcas possam lidar com os seus encargos, financiarem-se e gerirem o seu dia-a-dia.
Recorde-se que os elevados gastos com jogadores e a falta de estruturas de controlo levaram alguns clubes turcos a endividarem-se de forma excessiva com o Fenerbahçe a reportar uma dívida de 2,1 mil milhões de liras, em agosto, o Besiktas com mil milhões e o Galatasaray 750,8 milhões de liras turcas. Já o Trabzonspor apresentou uma dívida de 741 milhões.
Comentários