O futebolista brasileiro Vinícius Jr, do Real Madrid, lembrou hoje o passado nas ruas, “perto da pobreza e do crime”, no momento de consagração com o prémio The Best, atribuído pela FIFA ao melhor jogador do mundo.
“Não sei sequer por onde começar. Era tão distante que parecia impossível chegar aqui. Era uma criança que jogava à bola descalça nas ruas de São Gonçalo, perto da pobreza, do crime”, afirmou o avançado brasileiro, presente na cerimónia de atribuição dos prémios FIFA, em Doha.
Uma rara presença, uma vez que grande parte dos galardoados enviou mensagens por vídeo para a gala, realizada durante um jantar de celebração dos 20 anos de uma academia no Qatar, ‘Vini’ Jr tinha falhado a gala da Bola de Ouro, entregue ao espanhol Rodri.
“Poder chegar aqui é algo muito importante para mim. Estou a fazer isto por muitas crianças que acham que tudo é impossível”, acrescentou.
‘Estrela’ maior do Real Madrid campeão europeu e líder de uma seleção brasileira ‘órfã’ de Neymar, que era a sua maior referência, o avançado de 24 anos foi das ruas de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, até ao topo do futebol mundial, agradecendo ao treinador, o italiano Carlo Ancelotti, também ele distinguido como técnico do ano, e aos companheiros de equipa.
“Quero seguir a jogar no Real Madrid por muito tempo, é o melhor clube do mundo. Não posso deixar de agradecer ao Flamengo, o clube que me colocou no campo. Agradeço a todos os jogadores da seleção brasileira e ao meu país”, declarou.
'Vini' Jr. foi um dos jogadores chave na temporada passada para os 'merengues', na qual o clube conquistou a Liga dos Campeões, a Liga espanhola e as Supertaças da Europa e de Espanha, além de poder ainda conquistar a Taça Intercontinental, tendo a eleição de hoje ocorrido apenas algumas semanas depois de ter sido segundo na Bola de Ouro, logo atrás do espanhol Rodri Hernández, do Manchester City.
O avançado brasileiro sucede ao argentino Leo Messi, vencedor das duas edições anteriores e o futebolista mais galardoado, com oito conquistas, mais três do que o português Cristiano Ronaldo, segundo no palmarés.
Por sua vez, a espanhola Aitana Bonmatí, do FC Barcelona, repete a escolha de 2023, reforçando o estatuto de maior futebolista a nível global, e mostrou-se “agradecida e orgulhosa por voltar a receber o prémio”.
“Acabámos de treinar aqui no Estádio Olímpico em Montjuic, temos amanhã [quarta-feira] um grande jogo de Liga dos Campeões, com o Manchester City. Agradecida por um novo prémio, que é fruto do trabalho da equipa”, afirmou a médio de 26 anos.
A colega de equipa de Francisca Nazareth nos ‘culés’ ganhou tudo em 2023/24: Liga dos Campeões, Liga espanhola, Taça e Supertaça, além da Liga das Nações com a Espanha, o que lhe levou a juntar a Bola de Ouro ao The Best.
“Foi um grande ano, difícil de repetir”, resumiu, em poucas palavras.
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