O colega de equipa dos portugueses João Cancelo, Rúben Dias e Bernardo Silva pretende não apenas “impedir a participação de todos os atletas russos de todas as competições internacionais”, mas também “excluir a Rússia de todos os organismos desportivos” a nível mundial.
Em publicação na rede social Instagram, Zinchenko exige que as empresas russas sejam impedidas de patrocinar clubes e competições e a proibição de venda de direitos de transmissão televisiva de eventos desportivos internacionais a operadores da Rússia.
O jogador do campeão em título e líder da liga inglesa, de 25 anos, pediu ainda que a Ucrânia seja apoiada através da “partilha de informação verdadeira sobre os atos dos países agressores” durante a ofensiva militar russa.
A publicação do ‘capitão’ da seleção da Ucrânia surge no mesmo dia em que o Comité Olímpico Internacional (COI) recomendou que federações desportivas e organizadores de eventos não convidem ou permitam a participação de atletas russos ou bielorrussos em quaisquer provas internacionais.
A UEFA já retirou a organização da final da Liga dos Campeões de futebol de 2021/22 a São Petersburgo, atribuindo-a a Paris, e a FIFA cancelou a realização de jogos na Rússia, admitindo que as seleções joguem em campo neutro, sem espetadores e sem hino, sob a designação da sua federação nacional e não do país.
O Grande Prémio da Rússia de Fórmula 1 de 2022, que deveria decorrer em Sochi, em 25 de setembro, foi cancelado, depois de vários pilotos terem afirmado que não participariam na prova, e os responsáveis do Mundial manifestaram “tristeza e estupefação com os desenvolvimentos na Ucrânia”.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
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