A UEFA vai apelar à paz nos jogos das suas competições de clubes que recomeçam hoje, com a segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, com um cartaz no relvado e mensagens nos meios publicitários.
Os jogadores e a equipa de arbitragem vão posar junto a uma lona no relvado dos estádios com a palavra paz impressa em inglês, russo e ucraniano, que têm a mesma grafia, que será também reproduzida nos meios publicitários dos campos.
A Liga dos Campeões é retomada hoje com os encontros Bayern Munique-Salzburg (1-1) e Liverpool-Inter Milão (2-0) e prossegue quarta-feira com o Real Madrid-Paris Saint-Germain (0-1) e Manchester City-Sporting (5-0).
Os oitavos de final da Liga Europa começam na quarta-feira com os jogos Betis-Eintracht Frankfurt e FC Porto-Lyon e prosseguem na quinta-feira com o Sp.Braga-Mónaco, Sevilha-West Ham, FC Barcelona-Galatasaray, Rangers-Estrela Vermelha e Atalanta-Bayer Leverkusen. O Leipzig-Spartak Moscovo foi cancelado.
O apelo do mundo do futebol contra a guerra repete-se há duas semanas, com gestos e mensagens nas competições das ligas europeias e também nas partidas anteriores da Liga dos Campeões, Liga Europa e Liga Conferência Europa, que coincidiram com o início do conflito.
Em 23 de fevereiro, horas antes de a Rússia iniciar a ofensiva na Ucrânia, o jogador ucraniano do Benfica, Roman Yaremchuk, comemorou o golo que marcou, que deu origem ao empate da sua equipa frente ao Ajax, exibindo um símbolo ucraniano.
Após a invasão da Ucrânia, a UEFA retirou a final da Liga dos Campeões de São Petersburgo, na Rússia, e transferiu-a para Paris e, juntamente com a FIFA, suspendeu todas as seleções e clubes russos de participar nas suas competições.
A Fundação para as Crianças da UEFA disponibilizou um fundo de emergência de um milhão de euros para ajudar crianças na Ucrânia e refugiados em países vizinhos como a Moldova.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.
Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,7 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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