Selecionador espanhol, Luis Enrique afirma que apesar do confinamento, se fosse jogador quereria que o futebol recomeçasse o mais rapidamente possível.
"Não tenho medo. Só temo pelas pessoas mais velhos de quem gosto e por quem possa sofrer com isto. A nível pessoal tenho medo. A partir de agora todos aceitaremos que quando alguém estiver constipado, use uma máscara", referiu em declarações ao programa "Colgados del Aro", no YouTube.
Contudo, Enrique não esconde a tristeza que é ver os estádios vazios, depois de um fim de semana de Bundesliga à porta fechada.
"É mais triste que dançar com a tua própria irmã. Vi o futebol alemão e é lamentável. Ouvem-se os insultos e perde-se a intimidade dos bons momentos, mas temos que entender que isto é um negócio que gera muito dinheiro apesar de perder o espetáculo que quando se tem adeptos pode ajudar a passar o confinamento", disse.
Contudo, o selecionador espanhol afirma que se fosse jogador quereria começar o mais rapidamente possível.
"Tenho a certeza que como jogador teria muita vontade de começar. Como treinador, gostava de começa mais por causa do que significa do que pela minha vontade", referiu.
Luis Enrique revelou que nos primeiros tempos sentiu-se fraco, mas que agora está bem e que aproveitou para recorrer ao jardim e treinar em casa, numa rotina em que aprendeu inglês e viu jogos da seleção.
Após a declaração de pandemia, em 11 de março, as competições desportivas de quase todas as modalidades foram disputadas sem público, adiadas – Jogos Olímpicos Tóquio2020, Euro2020 e Copa América -, suspensas, nos casos dos campeonatos nacionais e provas internacionais, ou mesmo canceladas.
Os campeonatos de futebol de França, Países Baixos, Bélgica e Escócia foram cancelados, enquanto outros países preparam o regresso à competição, com fortes restrições, como sucede em Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal, que tem o reinício da I Liga previsto para 04 de junho, depois de a Liga alemã ter sido retomada no sábado.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 328 mil mortos e infetou mais de cinco milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,8 milhões de doentes foram considerados curados.
*Artigo corrigido e atualizado
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