Os mais novos da seleção nacional têm feito um brilharete na fase de qualificação para o Europeu 2027 sub-21. A campanha tem tido uma história simples e sem muito para contra, ainda que com muito mérito à mistura: quatro vitórias em quatro jogos. A invencibilidade tem sido palavra de ordem e, esta terça-feira, a tarefa frente à Chéquia é que se mantenha assim.

A partir das 17 horas, a seleção portuguesa sub-21 vai deslocar-se ao reduto da Chéquia para o quinto jogo da qualificação e o último da primeira volta. O frio será o 12.º adversário, mas a formação das quinas garante que nada serve de desculpa e que será só mais um desafio.

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No fundo, as exibições de Portugal não têm deixado margem para dúvidas, mas o registo notável não se faz sozinho. Se a equipa lusa tem excelentes individualidades, o coletivo foi trabalhado de forma engenhosa por Luís Freire.

O técnico de 40 anos assumiu a liderança dos sub-21 no arranque desta fase de qualificação e tem sido bem sucedido, estando perto de alcançar números perfeitos. A última vez que Luís Freire perdeu foi a 17 de maio com a derrota frente ao Sporting, ainda ao leme do Vitória de Guimarães.

Desde então, o selecionador ainda só conhece o sabor das vitórias, tendo inclusive registado a melhor estreia de sempre de um treinador nos sub-21 com a goleada por 5-0 frente ao Azerbaijão. Contudo, a este feito pode juntar outro: o primeiro treinador a vencer os primeiros cinco jogos sem sofrer golos.

Ou seja, nos quatro jogos de qualificação, Portugal apenas venceu e não sofreu qualquer golo. Esta terça-feira, o objetivo é voltar a ser bem sucedido e, se os indicadores se mantiverem, Luís Freire voltará a ficar na história.

Campanha imaculada rumo ao Europeu

O primeiro jogo começou com uma goleada frente ao Azerbaijão por 5-0, seguindo-se um triunfo por 2-0 diante da Escócia. Na terceira partida de qualificação, Portugal recebeu a Bulgária e venceu por 3-0, num jogo que só foi possível faturar na 2.ª parte.

Por fim, a seleção das quinas assinou uma exibição irrepreensível diante de Gibraltar com uma goleada das antigas: 11-0. O resultado avultado igualou a maior goleada de sempre dos sub-21, conseguida frente ao Liechstenstein a 7 de outubro de 2021.

Estes duelos 100% vitoriosos permitiram que Portugal se instalasse na liderança isolada do Grupo B com um total de 12 pontos somados. Para além disso, é de notar que a seleção lusa tem o melhor ataque com 21 golos marcados, mais do que qualquer outra seleção nesta qualificação. A nível defensivo, os jovens têm estado a um nível de excelência com zero golos sofridos, à semelhança de Inglaterra, Noruega e Bósnia-Herzegovina.

Portugal conta ainda com o melhor registo quanto ao saldo de diferença de golos, +21.

Individualmente, é curioso que em quatro jogos já tenham existido 14 marcadores diferentes. Destacado, Rodrigo Mora tem sido a figura mais influente, não só a nível exibicional, mas também em relação aos golos marcados com um total de quatro. Na lista, segue-se Gustavo Varela com três, enquanto Geovany Quenda e Diogo Travassos somam dois cada um.

Próximo desafio é superar a Chéquia

O próximo desafio que se segue é a Chéquia, já esta terça-feira, num embate que Luís Freire acredita se "o mais complicado do Grupo". Ainda assim, o selecionador garante o jogo de Portugal tem ser aplicado e que o frio será mais um obstáculo para ser superado.

O técnico afirmou que o adversário será mais pressionante e que Portugal pôde explorar novas questões relacionadas com a construção de jogo nessas condições.

Também na antevisão à partida, Rodrigo Mora lançou o duelo e lembrou a vontade de vencer que existe entre o grupo, reiterando a ideia de que a Chéquia é o adversário mais difícil. Contudo, o médio do FC Porto assegura que Portugal é mais forte e que a qualidade e atitude vão sobressair.