Na noite desta quarta-feira, o Benfica conseguiu reagir a duas desvantagens no marcador e empatou 2-2 na receção aos holandeses do Ajax, na primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões. O Estádio da Luz assistiu a um grande jogo entre duas equipas que mostraram sempre querer a vitória.
No entanto, nenhuma delas o conseguiu. O Ajax adiantou-se no marcador aos 18 minutos, com um golo de Dusan Tadic, mas o Benfica chegou ao empate aos 26, com Sebastien Haller a marcar na própria baliza. O avançado costa-marfinense redimiu-se e devolveu a vantagem aos holandeses, aos 29, mas Roman Yaremchuk restabeleceu a igualdade, aos 72.
O jogo: Duas desvantagens, um autogolo e muita sede de marcar
O Benfica entrou no jogo com o pé direito, fez o primeiro remate de perigo e mostrou desde cedo que queria disputar a eliminatória. No entanto, ao mesmo tempo, ia perdendo a bola em algumas zonas perigosas.
Foi exatamente uma perda de bola de Grimaldo que deu origem ao primeiro golo do Ajax. Mazraoui não desperdiçou o erro do espanhol do Benfica, cruzou na direita para Tadic e este rematou para o fundo da baliza encarnada.
Apesar do golo sofrido, o Benfica rapidamente começou a correr atrás do prejuízo e prova disso foi a subida nas linhas de pressão. Num primeiro momento, Rafa ameaçou o empate, mas acabaria por ser uma infelicidade de Haller a dar a igualdade.
Depois do autogolo, Haller não demorou a redimir-se e, depois de um cruzamento, o avançado franco-marfinense antecipou-se a Vertonghen e desviou na direção da baliza. Vlachodimos defendeu a primeira tentativa, mas não conseguiu segurar a recarga.
O primeiro tempo terminou com uma justa vantagem do Ajax no marcador. Os holandeses foram a equipa mais perigosa nos primeiros 45 minutos e aproveitaram as fragilidades da defesa encarnada.
Nos primeiros minutos do segundo tempo o Ajax foi dominante, mas com o passar do tempo os homens de Nélson Veríssimo foram crescendo no jogo, decididos a chegar ao empate.
Prova disso é o facto de, em cerca de quinze minutos, entre os 57 e os 72 minutos, o Benfica ter somado cinco remates perigosos, sendo que o último deles deu o golo do empate. Numa jogada de insistência, Rafa assistiu para Gonçalo Ramos, que rematou à baliza mas viu Pasveer defender. Na recarga, Yaremchuk cabeceou para o fundo da baliza dos neerlandeses.
Este golo trouxe alguma justiça ao jogo, numa altura em que era o Benfica quem mais ameaçava. No final, o empate acaba também por ser o resultado mais justo, tendo em conta que o Ajax foi a melhor equipa nos primeiros 45 minutos, mas o Benfica foi o mais forte nos segundos.
O momento: O golo de Yaremchuk, aos 72 minutos, foi o ponto alto do encontro e levou as bancadas do Estádio da Luz à loucura, sendo decisivo para que a eliminatória se decida na segunda mão.
A polémica: Aos 67 minutos, os encarnados reclamaram uma grande penalidade por falta sobre Gonçalo Ramos. O árbitro consultou o VAR, mas mandou seguir.
Melhores: Taarabt esteve em destaque na segunda parte do encontro e não comprometeu em termos defensivos. Também Rafa Silva esteve em bom plano com seis passes para finalização e cinco recuperações de posse.
Piores: Haller ficou mal na fotografia ao marcar o autogolo que permitiu ao Benfica empatar pela primeira vez, mas rapidamente se redimiu. O mesmo não se pode dizer do árbitro esloveno Slavko Vincic, que não assinalou um possível penálti a favor dos encarnados, além de ter dado apenas cartão amarelo a Antony, após um encosto de cabeças a Darwin.
As reações
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