O presidente do Atlético de Madrid, Enrique Cerezo, disse hoje esperar que o inquérito disciplinar instaurado pela UEFA aos madrilenos e ao Benfica não resulte em “nenhuma sanção”, até porque o problema “foi criado” pelo clube da Luz.
Na segunda-feira, a UEFA abriu um inquérito disciplinar ao Benfica, por incidentes provocados por adeptos ‘encarnados’ no jogo de quarta-feira no terreno do Atlético de Madrid, na segunda jornada do Grupo C da Liga dos Campeões de futebol.
Segundo o organismo, em causa estão “distúrbios de adeptos, lançamento de objetos e tochas”. Foi também instaurado um inquérito ao Atlético de Madrid por “bloqueamento de escadas” do estádio Vicente Calderón.
“Tanto nós como os dirigentes do Benfica expressámos o nosso descontentamento pelos incidentes, mas veremos no final o que decide a UEFA. Espero que este inquérito não origine nenhuma sanção”, afirmou Cerezo aos jornalistas espanhóis.
O presidente do Atlético de Madrid lembrou que o lançamento de tochas e outros objetos para as bancadas foi um incidente “criado pelo Benfica”, em alusão aos adeptos ‘encarnados’, admitindo tratar-se de “um assunto complicado e de difícil resolução”.
Cerezo sublinhou que o estádio Vicente Calderón cumpre com todos os requisitos de segurança, embora “ninguém esteja isento da entrada de um adepto com 50 tochas”.
“Para evitar garantidamente isso, o tempo de entrada num estádio seria interminável”, justificou Enrique Cerezo.
Na reta final do primeiro tempo do jogo entre ‘colchoneros’ e ‘águias’, que o Benfica venceu por 2-1, poucos momentos depois de o clube da Luz ter conseguido chegar à igualdade, adeptos ‘encarnados’ acenderam tochas e lançaram-nas sobre seguidores ‘colchoneros’.
O processo será julgado a 15 de outubro pelo Comité de Controlo, Ética e Disciplina.
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