Não é um clássico da Liga dos Campeões, mas bem que podia ser. Bayern Munique e Arsenal defrontam-se esta terça-feira, no Allianz Arena, naquele que será um duelo entre velhos conhecidos. Afinal, é a quarta vez que as duas equipas se defrontam para os oitavos de final da prova milionária nos últimos 12 anos.
E se tomarmos em conta a história recente da competição, o panorama não está nada favorável para os ‘gunners’. A equipa de Arsène Wenger foi sempre eliminada em todas as ocasiões em que teve de se bater contra o conjunto bávaro (2004/2005, 2012/2013 e 2013/2014).
Na época transata, alemães e ingleses voltaram a medir forças, desta vez para a fase de grupos, com a vitória a sorrir, no primeiro jogo, ao Arsenal (2-0). Na segunda volta, os ‘bávaros’ redimiram-se em jeito de goleada (5-1).
Será, portanto, um teste de exigência máxima para Arsène Wenger, ele que cumpre esta noite o jogo 200 na Liga dos Campeões. O técnico francês viu-se sempre arredado dos ‘oitavos’ nos últimos seis anos – derrotas com Bayern (2), Barcelona (2), Mónaco e Milan. Um registo de fazer ‘tremer’ o mais experiente dos treinadores, mas que o gaulês opta por desvalorizar.
“Obrigado por me recordarem a história infeliz, mas vamos focar-nos no futuro”, pediu Wenger, na conferência de antevisão do encontro em Munique. “Temos a vantagem de jogar em casa na segunda mão, mas isso nada significa se não jogarmos bem aqui”, acrescentou.
O Bayern, por sua vez, vai procurar tirar partido do fator casa contra o adversário desta noite e bem pode fazê-lo: são já 15 jogos consecutivos a vencer em casa para a Champions, um recorde da prova. A formação bávara chega a este encontro com redobrada confiança, depois de ganhar terreno na liderança da Bundesliga, beneficiando da derrota do Leipzig no último fim de semana. O treinador Carlo Ancelotti parece ter a lição bem estudada.
“É necessário carácter e sorte para vencer a Champions, mas acima de tudo coragem. Não estamos focados em evitar sofrer golos, mas sim em controlar a bola frente a um Arsenal com jogadores rápidos e bons no contra-ataque”, considerou o técnico, em conferência de Imprensa, traçando de seguida o perfil do seu oponente no banco de suplentes. “O Arsène Wenger é experiente, tem uma personalidade forte e a sua equipa joga em grande estilo. Tenho muito respeito por ele. Teremos de ser capazes de os deixar desconfortáveis em campo.”
Para este encontro, Ancelotti não poderá contar com Ribéry, a contas com uma lesão muscular, e Jérome Boateng, ainda em recuperação de uma cirurgia ao ombro. A principal dúvida residia em Xabi Alonso, mas o jogador integrou o treino de terça-feira. Do lado dos ‘gunners’, a única certeza é que será David Ospina o dono da baliza forasteira – confirmação avançada pelo próprio Wenger.
O Bayern-Arsenal está marcado para as 19h45 desta terça-feira. Recorde-se que os ‘gunners’ terminaram a fase de grupos na liderança do Grupo A, ao passo que os bávaros, apesar de favoritos, não foram além do segundo lugar do Grupo D, atrás do Atlético de Madrid.
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