O Benfica foi afastado dos quartos de final da Liga dos Campeões, ao ser eliminado pelo Barcelona nos 'oitavos' da prova com um agregado de 4-1. Os encarnados perderam os dois jogos (0-1 e 1-3) e falham assim os 'quartos' das provas da UEFA, fase onde tinham estado nas últimas três épocas (duas na Champions e uma na Liga Europa).

O afastamento impediu o Benfica de ser o primeiro clube português a superar os 80 milhões de euros ganhos na Champions. Os encarnados ficam-se assim pelos 71,8 milhões de euros, segundo o Relatório e Contas do primeiro semestre da atual temporada da SAD 'encarnada', neste que é o seu segundo melhor encaixe financeiro na UEFA.

O recorde do clube continua a ser os 72,5 milhões de euros, ganhos na temporada 2022/23, quando o clube chegou aos quartos de final da Champions, com Roger Schmidt.

Se tivesse eliminado o Barcelona, o Benfica arrecadaria mais 12,5 ME, que é o valor pago pelo apuramento para os quartos de final da nova liga milionária.

Se conseguisse este feito, a formação ‘encarnada’ passaria para um encaixe de 84,3 ME, superando os 79,208 ME arrecadados pelo FC Porto em 2018/19 e os 72,558 ME que são recorde dos ‘encarnados’ desde 2022/23, quando atingiram os quartos de final.

As 'águias' arrancaram com 18,62 ME, pela presença na fase de liga, na qual conseguiram, pelos resultados, 8,2 ME por quatro vitórias, 700 mil euros por um empate, além de 400 mil pela redistribuição do remanescente dos empates.

O 16.º lugar na fase de liga valeu 5,775 ME, acrescidos de um milhão extra por ter ficado entre o nono e o 16.º classificados.

A presença, por si só, no play-off de acesso aos oitavos de final colocou mais um milhão de euros no cofre dos ‘encarnados’, que, ao ultrapassarem o Mónaco (1-0 fora e 3-3 em casa), ganharam mais 11 ME.

Os quase 25 ME restantes, para perfazer os 71,8 ME que constam do Relatório e Contas das ‘águias’, têm a ver com o agora denominado ‘value pillar’, verba relacionada com os direitos televisivos e os coeficientes do ranking de clubes da UEFA a cinco e 10 anos.

Prémios da nova Champions

O primeiro colocado da fase de grupos ganhou 9,9 ME (275 mil euros vezes 36) e o oitavo - último que garante um lugar nos ‘oitavos’ - recebeu 7,975 ME, de acordo com os prémios definidos pela UEFA. Além destes valores, os oito primeiros receberam cada um 2 ME.

Do nono ao 24.º colocados, que seguiram para um play-off de acesso aos ‘oitavos’, o valor variou ente os 7,7 ME e os 3,575 ME, com os clubes colocados até ao 16.º a ganharem cada um mais 1 ME.

As equipas somaram ainda 2,1 ME (valiam 2,8 em 2023/24) por cada vitória e 700 mil euros por cada empate, sendo que o remanescente dos empates (700 mil euros por cada) será, no final, redistribuído pelos clubes de forma proporcional pelo seu número de vitórias. De recordar que as jornadas passaram de seis para oito.

Para as equipas que seguiram em frente, a presença no play-off de acesso aos oitavos de final valeu um milho de euros, enquanto os apurados diretamente para os ‘oitavos’ ganharam 11 ME.

Os quartos de final valem 12,5 ME, a presença nas meias-finais 15 e atingir a final mais 18,5, havendo ainda 6,5 suplementares para o vencedor, que ganha ainda mais 4,5 pelo acesso à Supertaça Europeia, contra o vencedor da Liga Europa.

As equipas participantes na ‘Champions’ 2024/25 têm, assim, ao seu alcance, 96,7 ME (eram 69,5 em 2023/24) - excetuando o remanescente dos empates e o ‘value pillar’ -, montante que seria alcançado pelo vencedor da prova, como triunfos nos oito jogos da fase de liga e primeiro lugar na classificação.

*Com Lusa