O presidente da UEFA elogiou hoje a "grande solidariedade" e a cooperação do "mundo do futebol e dos governos" durante a paragem devido à pandemia de COVID-19, no dia em que anunciou o calendário de conclusão de 2019/20.
Aleksander Ceferin falava em conferência de imprensa após uma reunião do Comité Executivo que atribuiu a Lisboa uma inédita ‘final a oito' da Liga dos Campeões, com jogos no Estádio José Alvalade e Estádio da Luz, que recebe a final, em 23 de agosto, entre outras decisões para todas as competições europeias.
Nessa reunião "muito importante", realçou Ceferin, foi possível decidir pela retoma de "quase todas as competições", o que mostra, defendeu, que "o futebol lidera o regresso a uma vida mais normal na Europa".
Depois de agradecer "a todos os profissionais de saúde" pela Europa fora, o líder da UEFA destacou a "grande solidariedade" das federações de futebol de Portugal, Alemanha e Espanha, que vão receber, respetivamente, as fases finais da Liga dos Campeões, Liga Europa e Liga dos Campeões feminina.
Sobre o adiamento do Euro2020 para o próximo ano, agora entre 11 de junho e 11 de julho, o esloveno manteve que esta foi uma decisão "muito arriscada" mas "correta, porque sem isso as Ligas domésticas não poderiam terminar as suas competições".
Nesse quadro, "toda a comunidade do futebol trabalhou de mãos dadas", pelo que o presidente da UEFA agradeceu "a toda a gente do mundo do futebol" bem como aos governos pelo empenho e "compromisso" na retoma do desporto.
"Onde o futebol retoma, desde que salvaguardando a saúde de todos os envolvidos, fico feliz. Estou ansioso por ver mais jogos", apontou o dirigente, quando questionado sobre o regresso da Liga italiana, num dos países europeus mais afetados pela pandemia.
Em sentido inverso, apelidou de "demasiado rápida" a decisão de a Liga francesa cancelar o que restava do campeonato, mas admitiu que a temporada 2019/20 é "muito especial, com ligas diferentes a terminarem de formas diferentes".´
Sobre o formato de ‘finais a oito', a uma só mão, escolhidas para as três competições principais de clubes, Ceferin apontou este modelo como uma "resposta ao problema causado pela pandemia" e não "uma ideia para o futuro" das provas europeias.
Descartado está também um formato concentrado e centralizado para os ‘play-offs' de atribuição das vagas restantes para o Euro2020, adiado para 2021, com a UEFA a finalizar o protocolo de saúde para a retoma e ainda a contemplar a realização de jogos com público ou à porta fechada.
"Vamos fazer tudo na nossa possibilidade para proteger a saúde de todos os participantes, e vamos avaliar a situação no continente no que diz respeito à porta fechada", sumarizou o secretário-geral adjunto do organismo de cúpula do futebol europeu, Giorgio Marchetti.
O Comité Executivo da UEFA reuniu hoje para votar e aprovar a recalendarização das competições europeias após os efeitos provocados pela pandemia de covid-19, com Lisboa a receber uma inédita ‘final a oito' da ‘champions', a Liga Europa na Alemanha e a Liga dos Campeões feminina em Espanha, em formatos idênticos, além de decisões para a Supertaça Europeia, que vai realizar-se em Budapeste em detrimento do Porto.
Entre outras competições reagendadas e com alterações no modelo competitivo contam-se a UEFA Youth League, várias competições de futsal e a janela de jogos de seleções de outubro e novembro, que passam a ter três jogos em vez dos habituais dois.
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