Nápoles poderá ter marcado o fim da linha para André Villas-Boas no Chelsea. A derrota esta noite da equipa londrina, por 3-1, frente aos transalpinos marca mais um ‘chumbo’ num teste anunciado pela imprensa inglesa como crucial para a continuidade do treinador português.
Vénia seja feita ao Nápoles, que soube lutar e fez por merecer um triunfo que ainda podia ter sido mais dilatado. Numa partida de grande nível no estádio San Paolo, Cavani começou a ameaçar desde cedo a baliza de Cech, obrigando o guardião checo a uma grande defesa logo aos nove minutos.
A equipa de Walter Mazzarri impôs o seu jogo de ataque, criando ocasiões sem a correspondente eficácia. A eficácia que não faltou ao espanhol Juan Mata, aos 27’, dando vantagem ao Chelsea na sequência de uma falha clamorosa de Cannavaro. Um golo cruel para o Nápoles e que ia um pouco contra a corrente do jogo.
Villas-Boas exultou no banco de suplentes e o Chelsea despertou com o golo do médio espanhol. David Luiz e Ramires podiam ter marcado novamente para os ‘blues’, mas o Nápoles não se atemorizou e partiu em busca do empate, que chegou por Lavezzi, aos 38’, num grande remate de fora da área.
Era apenas o primeiro sinal da revolta napolitana. Já ao cair do pano sobre a primeira parte, Cavani desvia a bola com o peito para a baliza de Cech, assinando o 2-1 num lance pleno de oportunismo. O uruguaio dava asas à reviravolta italiana ainda antes do intervalo.
No segundo tempo, o Chelsea subiu de rendimento e voltou a equilibrar as operações, mas o contra-ataque dos anfitriões provocava mossa na defesa londrina, que cedo ficou desfalcada de Bosingwa, que saiu lesionado logo aos 12 minutos. Lavezzi, Hamsik e Cavani eram uma ameaça constante e prometiam mais golos.
E porque o prometido é devido, o 3-1 chegou aos 65’, novamente por Lavezzi, após uma assistência primorosa de Cavani, a aproveitar um erro de David Luiz.
André Villas-Boas ainda lançou Lampard e Essien, apostas que significaram a permanência de jogadores como Torres e Kalou no banco. Todavia, o treinador português não teve sorte e o resultado não se alterou mais até ao apito final.
O Chelsea enfrenta agora uma missão complicada na segunda mão, a disputar em Londres, a 14 de março. Os ‘blues’ precisam de vencer, pelo menos, por 2-0, para ainda sonharem com os quartos de final. Resta saber se André Villas-Boas ainda estará ao comando do Chelsea…
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