O governo inglês disse esta terça-feira que a decisão de impedir a entrada no país do futebolista costa-marfinense Serge Aurier, do Paris Saint-Germain (PSG), é justificada com regras "claramente definidas".
"As regras de imigração estabelecem claramente que os nacionais de países terceiros que tenham recebido uma pena privativa de liberdade inferior a 12 meses nos últimos cinco anos serão recusados por motivos de criminalidade", explicou o Ministério do Interior da Grã-Bretanha, em comunicado.
O PSG manifestou-se hoje "atordoado" com esta situação, que considera "incompreensível e contrária à integridade da Liga dos Campeões da UEFA", competição que vai disputar na quarta-feira em Londres, frente ao Arsenal.
"O senhor Aurier recebeu em setembro uma sentença de dois meses de prisão por atacar um policial", esclareceram as autoridades britânicas, referindo-se ao incidente à saída de uma discoteca no centro de Paris.
O PSG entende que a decisão é uma "flagrante falta de respeito ao clube", que apenas hoje, à hora de almoço, soube da mesma.
"Depois de um pedido inicial (de visto) a 18 de outubro, completado com todos os documentos necessários, as autoridades britânicas tinham originalmente concedido ao PSG um visto de entrada internacional para o Reino Unido a 21 de outubro. Contudo, a 16 de novembro, o seu visto foi finalmente revogado pelo Ministério do Interior britânico, que justificou o seu volte-face citando a condenação de Aurier", informou o clube gaulês.
Na base da condenação, que não implicou um mandado de detenção, esteve o facto de o lateral-esquerdo, de 23 anos, se ter envolvido num conflito com um polícia, à saída de uma discoteca no centro de Paris.
Segundo o PSG, segundo classificado do grupo A da Liga dos Campeões, atrás do Arsenal, o jogador deveria ser autorizado a viajar, uma vez que aguarda uma decisão sobre o recurso que apresentou.
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