
O Benfica recebe esta quarta-feira o FC Barcelona, na primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões em futebol, com a Luz a reviver, 43 dias depois, o ‘explosivo’ 4-5, o jogo dos nove golos.
Em 21 de janeiro, na sétima ronda da fase de liga, os ‘encarnados’ lideraram por 1-0, 3-1 e 4-2, mas, com polémica à mistura, foram os catalães que prevaleceram, ao marcarem três golos no último quarto de hora, o derradeiro aos 90+6 minutos.
A formação comandada pelo alemão Hansi Flick garantiu, como esse triunfo, os ‘oitavos’, enquanto, também por culpa desse desaire, o Benfica teve de ir ao play-off, no qual ultrapassou o Mónaco (1-0 fora e 3-3 em casa), para agora reencontrar os catalães.
Desta vez, o confronto é a eliminar, sendo que o jogo da Luz, marcado para as 20:00 de quarta-feira, será apenas a primeira parte de um duelo a duas mãos, cujo desfecho está marcado para Montjuïc, em 11 de março.
Por tudo e mais alguma coisa - nomeadamente o historial e os anteriores duelos entre os dois clubes -, o FC Barcelona parte como favorito, mas em especial pelo que tem feito em 2024/25, época em que já leva 124 golos marcados, em 40 jogos, 28 dos quais na ‘Champions’, tendo sido o melhor ataque da fase de liga.
O polaco Robert Lewandowski (34 golos), o brasileiro Raphinha (24) e o ‘miúdo’ Lamine Yamal (11) têm sido um ‘terror’ para as defesas contrárias, no futebol muito ofensivo imposto por Flick, que aposta fortemente numa defesa muito adiantada.
Esta filosofia tem permitido ao FC Barcelona marcar muitos golos, mas sofrer igualmente muitos – mais de um por jogo de média (45 em 40 jogos) -, para um ‘grande’, que custaram já vários dissabores, mas que é ‘irrevogável’ para o técnico alemão.
Cabe ao Benfica tentar controlar, de alguma forma, o poderoso ataque dos catalães, não comentando pelo menos os erros do jogo da fase de liga, e, por outro lado, voltar a ter a arte de ser capaz de ‘encontrar’ as costas da defesa catalã e, depois, ser eficaz, o que nem sempre aconteceu em janeiro.
Para o duelo com os ‘culés’, Bruno Lage não tem à disposição Bah e Manu Silva, que se lesionaram para a época, e Bruma, que não está inscrito na ‘Champions’, mas tem esperanças em recuperar o trinco Florentino e o fantasista Di María.
A formação ‘encarnada’ não jogou no fim de semana, já que o jogo no reduto do Gil Vicente, da ronda 24 da I Liga foi adiado para 28 de março, enquanto o FC Barcelona aproveitou a receção à Real Sociedad para voltar ao comando de La Liga.
Desde cedo contra 10, numa expulsão conquistada por Dani Olmo, o conjunto catalão goleou sem grande desgaste por 4-0, com tentos de Gerard Martín, Marc Casadó, Ronald Araújo e Robert Lewandowski.
Na história, Benfica e FC Barcelona vão defrontar-se pela 11.ª vez, com o balanço a ser favorável aos espanhóis, que ganharam quatro jogos, contra apenas dois dos ‘encarnados’ – o saldo poderia ter equilibrado no jogo da fase de liga.
Os catalães também levaram a melhor na única eliminatória a duas mãos entre os dois conjuntos, quando, nos quartos de final da Liga dos Campeões de 2005/06, rumo ao título, empataram a zero na Luz e venceram em casa por 2-0 (marcaram Ronaldinho e Eto’o’).
Ainda assim, o Benfica pode vangloriar-se de ter vencido o jogo mais importante, a final da Taça dos Campeões Europeus de 1960/61, conquistando o título em Berna com um triunfo por 3-2, selado com tentos de José Águas, Vergés (própria baliza) e Mário Coluna.
O encontro entre Benfica e FC Barcelona, da primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões em futebol, realiza-se esta quarta-feira, pelas 20:00, no Estádio da Luz. A segunda mão é a 11 de março, em Montjuïc, às 17:45 (em Lisboa).
Comentários