A Juventus venceu, em casa, o Manchester City por 2-0 em jogo da sexta jornada da fase de liga da Liga dos Campeões. A equipa liderada por Guardiola continua sem colocar um ponto final na crise de resultados e já leva três jogos sem vencer, na prova europeia. Estão na 22.ª posição da fase de liga, com oito pontos, e são cada vez menos as esperanças de seguir diretamente para os oitavos de final.

Os italianos foram mais equipa e souberam limitar o Manchester City à posse de bola, apostando em recuperações defensivas que proporcionavam saídas em contra-ataque.

O jogo contou com vários portugueses em campo. Francisco Conceição foi um dos eleitos de Thiago Motta para estar no onze inicial, tal como Rúben Dias e Bernardo Silva que começaram de início na equipa de Guardiola. Por sua vez, o internacional português Matheus Nunes entrou para o lugar de Grealish aos 87 minutos.

Com este resultado, a Juventus ocupa agora a 12.ª posição, com 11 pontos, enquanto o Manchester City mantém os mesmos oito, no 22.º lugar, estando a dois lugares de ficar de fora do acesso ao play-off.

Manchester City com muita posse, mas pouca objetividade

No primeiro tempo, o Manchester City assumiu uma postura mais agressiva e foi pressionando a Juventus na saída de bola. Os italianos não se incomodaram com a alta pressão dos jogadores de Guardiola e foram circulando a bola, com paciência, até que o momento certo chegasse.

Aos 18 minutos, aconteceu um dos lances de maior perigo durante a primeira metade do jogo, ainda que não tenha feito tremer o guardião dos cityzens Ederson, que regressou à titularidade. Depois de um cruzamento para a área, um alívio de Gvardiol levou a bola aos pés de Yildiz, que atirou de meia distância, num excelente remate que chegou perto da baliza.

Contudo, a posse de bola pertencia ao Manchester City, que circulava pelo meio-campo até conseguir colocar a bola nos corredores. Nas alas, a formação de Guardiola tentava desequilibrar, principalmente porque era o espaço que a Juventus dava para a construção. No entanto, a equipa inglesa tentava romper na área adversária, enquanto os italianos se mantinham muito compactos defensivamente e bloqueavam as situações de perigo. O Manchester City tentava pegar no encontro, mas faltava objetividade e criatividade no último terço, nunca chegando com eficácia ao lado oposto do campo.

Só mais perto do final do primeiro tempo é que os guarda-redes, de ambas as equipas, tiveram algum trabalho para travar os ímpetos, que surgiram aos 39 minutos.

A faltar seis minutos para os 45, esteve à vista o primeiro golo do jogo com uma excelente oportunidade para o plantel inglês inaugurar o marcador. De Bruyne faz um passo a rasgar à procura de Erling Haaland, que tentou picar a bola por cima do guardião italiano. Contudo, Di Gregorio foi gigante e travou o golo na cara do avançado norueguês com uma excelente intervenção. 

Na resposta, a Juventus avançou pelo corredor direito com Francisco Conceição a colocar a bola no centro, para o remate à figura de Ederson a agarrar sem problemas. 

Juventus mandou, comandou e sentenciou o encontro

O empate nulo ao intervalo justificava-se, tendo em conta o equilíbrio entre as duas equipas. No recomeço da partida, esperava-se um jogo menos calculista, de forma a que as formações arriscassem mais e desbloqueassem o marcador.

À passagem dos 52 minutos, a Juventus avançou pelo terreno, colocou a bola na área adversária e apareceu Gatti que, num lance genial, correspondeu com um pontapé acrobático travado por Ederson. Na sequência da defesa, os centrais do Manchester City tentaram aliviar, mas a bola sobrou para Yildiz que teleguiou de novo para o centro da área. Para finalizar, estava Vlahovic que cabeceou para nova defesa do brasileiro, mas a bola já estava dentro das redes, assinalando o 1-0.

Depois do golo, a atitude das equipas mudou e pareciam estar mais despertas para o jogo, mais móveis e imprevisíveis nas jogadas. Ainda assim, a Juventus mantinha a mesma filosofia que implicava esperar pelo City e recuperar defensivamente, partindo em contra-ataque. 

Aos 62 minutos, Doku, um mais interventivos para os cityzens, entrou a rasgar na defesa italiana e cruzou para o segundo poste à espera que Haaland lá estivesse para encostar, mas os dois não se entenderam. O norueguês deslocou-se ao primeiro poste e os pupilos de Guardiola perderam mais uma oportunidade de chegar ao golo. A imprecisão e falta de entendimento no Manchester City explica e traduz o mau momento da equipa. 

A Juventus mantinha-se irrepreensível do ponto de vista defensivo e continuava sem dominar a posse de bola, preferindo controlar as investidas inglesas. Numa dessas tentativas, Danilo cortou, recuperou a bola e partiu para o contra-ataque, com McKennie a aparecer solto de marcação. Corria o minuto 75, quando o norte-americano avançou no terreno e rodou a bola para o corredor direito à procura de Weah que, à segunda tentativa, cruzou e lá estava McKennie que perfurou na área, ainda sem marcação, e rematou para o fundo das redes. 

Até ao final do jogo, o City aumentava a ânsia de tentar um milagre, mas a Vecchia Signora estava muito bem organizada e controlou até ao apito final.

Os ingleses demonstraram, mais uma vez, sérias dificuldades em manter um jogo objetivo e capaz de competir de igual para igual com o adversário, com uma evidente falta de confiança e motivação nunca antes vistas nos pupilos de Guardiola.