Mourinho ajoelhou-se para as grandes penalidades. Esteve assim até ao fim. Viu Ronaldo, Kaká e Sergio Ramos a não conseguirem marcar. Viu Casillas defender duas. Manteve-se ajoelhado. Assim que Schweinsteiger bateu o penalti que apurava os alemães e o converteu, desceu as escadas para o balneário. Ainda não este é ano que ganha a sua terceira Liga dos Campeões.
Ronaldo acabou como começou, a bater uma grande penalidade. A primeira levantou os mais de 80 mil no Bernabéu. A segunda ditou a sina de, por mais uma vez, ficar fora da final.
Este foi mais um jogo impróprio para cardíacos que durou mais de 120 minutos. Um Bayern de Munique muito mais fresco, mas nem tão mortífero que tivesse conseguido resolver no tempo regular.
Um jogo cheio de ritmo, com ‘salero’ e aberto, ao contrário da partida entre Barcelona e Chelsea. Os merengues entravam em desvantagem e era imperial marcar. E foi o que aconteceu bem cedo. Falta de David Alaba na grande área, por corte com a mão, e Ronaldo, com muita calma, a bater Neuer, estavam decorridos seis minutos.
Os alemães não se ficaram e pouco depois Robben podia ter empatado a partida. Perante Casillas, atirou por cima. Mas não foi o único. Pouco depois foi Gomez, a ver um grande remate ser defendido por Casillas, com a bola a sobrar para Ribèry que não foi mais eficaz. Contra a corrente do jogo, foi o Real que acabou por se colocar em vantagem, com Ronaldo de novo a ser imprescindível. Grande passe de Ozil, para o extremo português fazer de avançado e apontar o seu 10º golo nesta edição da Champions.
Continuava o Bayern na toada atacante e o tento que empataria a eliminatória estava iminente. Não foi de bola corrida, foi de grande penalidade. Gomez foi empurrado na grande área por Pepe e Robben, ex-jogador dos merengues, a bater Casillas, que ainda tocou com a ponta dos dedos.
Até ao final da primeira parte, nota para um remate cruzado de Benzema a rasar a baliza e um desperdício de Gomez, que isolado não bateu o capitão merengue.
A segunda parte não deixou de ser intensa, mas foi jogada a ritmo mais lento. Os madridistas cedo acusaram o desgaste do jogo com o Barcelona, no sábado, enquanto o Bayern de Munique se apresentaram mais disponíveis fisicamente. Uma vantagem que de desvaneceu nos últimos 15 minutos do jogo e que obrigou a mais 30 minutos de jogo. Que em nada deram.
Ronaldo, Kaká e Sergio Ramos falharam para o Real Madrid, Kroos e Lahm para o Bayern permitiram a defesa de Casillas. Schweinsteiger, com a final nos pés, leva a discussão do título do melhor da Europa para casa. Quando poucos esperavam, Chelsea e Bayern são os finalistas.
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