As ausências de Samaris, por castigo, e Fejsa, por lesão, vão obrigar Rui Vitória a apresentar um meio-campo inédito esta terça-feira frente ao Galatasaray, em jogo da 4ª jornada do Grupo C da Liga dos Campeões.
Apesar de o treinador ter dito na conferência de imprensa de antevisão do encontro que não ia fazer grandes alterações, a verdade é que, em relação ao onze que derrotou o Tondela, haverá saídas e entradas.
A defesa direito, Sílvio deverá ocupar o lugar de Clésio, jogador que se estreou frente ao Tondela. Na esquerda, Eliseu vai recuperar o seu posto, depois de ver Sílvio atuar nessa posição na passada sexta-feira. Luisão e Jardel farão a habitual dupla de centrais.
O problema principal de Rui Vitória vai estar no meio-campo. Sem o grego Samaris e o sérvio Fejsa, o técnico será obrigado a apresentar um miolo completamente inédito, com menos músculo e mais técnica, algo que poderá ser um problema frente ao Galatasaray. André Almeida deverá ser um dos escolhidos, com Cristante, Pizzi, Talisca e o jovem Renato Sanches a lutarem pela outra posição.
O mais provável é Rui Vitória apostar em Pizzi ou então em Talisca, embora o brasileiro ofereça menos a equipa na altura de defender. Cristante não tem qualquer minuto esta época e é pouco provável que o treinador o lance num jogo deste calibre. Já o jovem Renato Sanches, estreou-se na equipa principal frente ao Tondela e deu boas indicações mas, se calhar, é demasiado cedo para o lançar "às feras" e logo num jogo desta importância. A escolha deverá cair ou em Talisca ou em Pizzi.
As alas deverão ser entregues à Gaitán e Gonçalo Guedes, com Jonas na frente ao lado de Jiménez. Rui Vitória também aqui pode inovar, deixando o mexicano no banco e colocando um terceiro elemento no meio-campo, de forma a ter mais consistência nessa zona, principalmente porque não vai ter nem Samaris nem Fesja, jogadores de cariz mais defensiva defensiva.
A solução poderia passar por fazer entrar Carcela-Gonzalez para a esquerda, ele que fez um bom jogo frente ao Tondela, recuando Gaitán para jogar nas costas de Jonas. O Benfica não perderia criatividade e ganhava um terceiro elemento na zona intermédia.
O certo é que o técnico, até agora, nunca mexeu no seu 4-4-2, sempre com dois avançados e dois extremos. Sem Mitroglou, o Benfica fica sem opções para a área caso necessite de tomar de “assalto” à baliza de Muslera no segundo tempo. A ver se Rui Vitória mantém-se fiel aos seus princípios ou se cede à lógica e reforça o sector intermédio da equipa, num jogo onde é imperativo pontuar.
O Benfica-Galatasaray está marcado para às 19h45 desta terça-feira, no Estádio da Luz. Os "encarnados" lideram o Grupo C da Liga dos Campeões, com seis pontos, os mesmos do Atlético Madrid e mais dois que o adversário desta terça-feira.
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