Danny, futebolista português do Zenit, confessou, em entrevista à Agência Lusa, ter-se sentido «o melhor jogador do mundo, um Ronaldo», ao ser assobiado por 40 ou 50 mil espetadores no estádio do Dragão cada vez que tocava na bola.
«Senti-me um grande jogador, coisa que não sou nem me acho, com 40 ou 50 mil espetadores a gritarem e a assobiarem-me cada vez que tocava na bola. Senti-me o Ronaldo ou o Messi», contou Danny, para quem ser assobiado por tanta gente foi «um orgulho» e sinal de que infundia «algum medo».
Confessou já «estar à espera» da reação do público do Dragão na última partida do grupo da Liga dos Campeões, por causa das declarações do treinador do FC Porto Vítor Pereira que qualificou de «mau gosto e de falta de respeito» o gesto de Danny no jogo de São Petersburgo, quando este festejou um golo imitando um cão a urinar junto à bandeirola de canto.
«Se foi de mau gosto o meu gesto, por que é que ele [Vítor Pereira] me cumprimentou a seguir ao jogo de lá? Por que é que, após o jogo, estive meia hora na cabina do FC Porto a falar com treinadores e diretores? Se estavam chateados comigo tinham-me dito logo na altura, ou não?», questionou Danny, para quem as declarações de Vítor Pereira foram «uma estupidez», uma espécie de «jogo psicológico» no sentido de o «perturbar e afetar o rendimento».
Danny negou que tenha tido esse efeito, mas considerou que foi uma atitude «menos pensada» por parte de Vítor Pereira, rejeitando da sua parte «qualquer gesto de desrespeito» pelo FC Porto, coisa que «jamais teria» pelo clube que, apesar de não ser adepto, «mais alegrias tem dado aos portugueses».
Justificando esse gesto, Danny explicou que o mesmo se deveu a «um pedido dos filhos», a quem «tinha oferecido um cão» há pouco tempo.
«Eles às vezes pedem-me para fazer isto ou aquilo quando faço um golo e foi o que aconteceu neste caso», referiu Danny, para quem, “«se esse gesto tivesse caído mal nos responsáveis do FC Porto», teria sido «logo a seguir ao jogo de São Petersburgo e não um mês depois no Dragão».
Quanto às acusações ao Zenit de ter colocado o autocarro à frente da baliza no jogo do Dragão, replicou: «Não foi por isso que deixaram de ter duas ou três oportunidades de golo e falharam. Além disso, o 0-0 bastava-nos para garantir o apuramento. Mas lembro que no primeiro jogo, lá, se tivéssemos marcado os golos que falhámos à frente da baliza, tínhamos ganho por 5-1 ou 6-1».
De resto, defende que o Zenit foi ao Dragão com «estratégia de contra-ataque que não resultou», razão pela qual tiveram se ser «taticamente fortes» para segurar o nulo.
Numa análise ao FC Porto atual, Danny discorda da ideia de que os dragões estejam mais fracos do que na época passada.
«O que acontece é que os adversários estão mais preparados para anular o jogo do FC Porto, que ganhou tudo a época passada. Antes, esses adversários, jogavam mais abertos quando os defrontavam, agora fecham-se melhor», alegou Danny, confessando que o Zenit «estudou a fundo os pontos fortes e fracos» do FC Porto de forma a conseguir «pará-lo».
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