Turim assinala o reencontro entre dois emblemas com laços históricos, mas que, de certa forma, perderam o contacto ao longo dos anos. Em 1957, Sevilha e Benfica cumpriram ambos a sua estreia nas competições europeias e logo um contra o outro.
O estádio de Nervión, a ‘casa’ do clube andaluz até 1958, foi o palco dessa partida, referente à primeira mão da ronda preliminar da Taça dos Clubes Campeões Europeus, na qual os espanhóis venceram por 3-1. O dia de 19 de setembro de 1957 tornava-se a partir daí uma efeméride a unir para sempre Sevilha e Benfica, se bem que apenas os espanhóis tenham guardado boas memórias.
Os golos de Pahuet, Iborra e Pepillo anularam o tento de honra encarnado da autoria de Francisco Palmeiro, construindo uma vantagem segura e defendida com sucesso no desafio da segunda mão, uma semana mais tarde, com um nulo em Lisboa. A formação de Otto Glória não conseguiu inverter o rumo da eliminatória, apesar de o Benfica contar então nas suas fileiras com os ‘históricos’ José Águas, Mário Coluna, Ângelo ou Cavém, entre outros.
O Benfica despedia-se assim rapidamente da sua primeira aparição no ‘Velho Continente’, enquanto o Sevilha, comandado pelo técnico Satur Grech, seria afastado nos quartos de final pelo poderoso Real Madrid, que seguia na rota de mais um título europeu. Porém, os andaluzes não se esqueceram dos encarnados e imortalizaram o símbolo do Benfica no enorme mosaico que preenche a fachada do atual recinto do clube, o Ramón Sánchez Pizjuán.
O desfecho da eliminatória entre Sevilha e Benfica não seria um reflexo do que se seguiria, pois o período áureo dos encarnados chegou poucos anos depois, fruto das conquistas europeias de 1961 e 1962 e ainda com as finais perdidas de 1963, 1965 e 1968. Já o Sevilha teve de esperar pelo início do século XXI para atingir a ribalta europeia, com as vitórias na Taça UEFA de 2006 e 2007 e ainda a Supertaça Europeia de 2006.
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