
FC Porto e Roma empataram hoje 1-1 em jogo da primeira mão do playoff de acesso aos oitavos de final da Liga Europa.
Numa partida sem grande espetacularidade, e com grandes lacunas dos dragões em vários aspetos do terreno, houve equilíbrio e duas partes distintas. A equipa de Martín Anselmi apenas conseguiu ter algum discernimento nos últimos 45 minutos, mas já não foi o suficiente para a reviravolta
Trio de centrais desorientados
A partida iniciou com algum equilíbrio mas com pouca qualidade. Os romanos pareciam mais certeiros, ainda assim, sem grandes oportunidades de perigo. Os dragões, por outro lado, a tentarem construir o jogo desde trás, falharam em toda a linha na abordagem do trio de centrais. Chegar ao último terço é algo que os portistas sentiram como missão impossível nas abordagens que foram fazendo ao longo dos primeiro 45 minutos.
A Roma criou o primeiro lance de perigo, aos 12 minutos, mas valeu a atenção de Diogo Costa para afastar o perigo. João Mário falhou o corte e atirou a bola para o centro da área. Nessa zona, Koné recebeu a bola, cai e Pellegrini deixou o guardião portista levar a melhor.
O FC Porto respondeu com uma jogada bem construída e na qual falhou apenas a finalização. Samu serviu Rodrigo Mora, na esquerda, na cara de Svilar. O jovem médio serviu Gonçalo Borges, mas o extremo falhou o remate.
Entretanto, os italianos intensificaram a pressão e voltaram obrigar Diogo Costa a mais uma defesa segura. Dovbyk, aos 19 mintuos, controlou a bola na área e deixou para Dybala, que rematou à baliza. Mas o guarda-redes, sereno, agarrou.
Ranieri foi obrigado a mexer na equipa ainda na primeira parte, ficando privado de uma das peças importantes do seu jogo. Dybala, que havia sofrido uma falta feita de Alan Varela minutos antes, teve mesmo que sair com queixas no joelho esquerdo.
Mesmo assim, e apesar da alteração forçada, os italianos mantiveram a postura ofensiva, perante um FC Porto sem norte para contrariar a supremacia do adversário.
E, já no final dos descontos do primeiro tempo, a Roma conseguiu mesmo colocar-se em vantagem. Aos 45+5, a equipa italiana recuperou a bola alta no terreno, chegou até à área e aproveitou da melhor forma um lance estranho na área. Zeki Celik finalizou cruzado para o primeiro da partida.
Habitual reação no segundo tempo
À entrada da segunda parte, Ranieri refrescou a equipa, mas foi ao FC Porto que pertenceu a primeira grande oportunidade de golo. Logo nos primeiros minutos, Francisco Moura chegou à área, após um passe certeiro de Rodrigo Mora, mas atirou franco para uma defesa de Svilar.
A Roma voltou a fazer tremer os portistas, aos 53 minutos, com Niccolò Pisilli a rematar de primeira à baliza. Diogo Costa voltou a responder bem.
A crescer no terreno, os dragões, após entrada de Pepê e Fábio Vieira, igualaram a partida aos 67 minutos, com um golo apontado por Francisco Moura. Diogo Costa bateu um pontapé de baliza de forma certeira, tendo a bola chegado a Pepê. O brasileiro tentou tirar um adversário da frente, mas a bola acabou por ficar perdida. O lateral chegou à bola e atirou para o 1-1.
Sobe, sobe, Dragão, sobe
Após o golo, e com os caminhos alinhados para a recuperação dos portistas, a Roma ficou reduzida a dez elementos após a expulsão, por segundo amarelo, de Cristante.
A reviravolta esteve muito perto de acontecer aos 79 minutos. Após um canto da direita, Gonçalo Borges rematou de primeira junto ao segundo poste, com a bola a rasar a barra. Entretanto as bancadas ganham um novo ânimo.
O FC Porto conseguiu, finalmente, encostar a equipa italiana na sua área, obrigando-os apenas a defender. Mesmo assim, as investidas azuis e brancas deixaram muito a desejar e não deixaram de ser apenas intenções.
O acordar do dragão não foi suficiente (ou foi tarde) para conseguir fazer a reviravolta. Venha a segunda mão, que ainda está tudo em aberto.
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