A Liga Europa 2019/20 vai ser decidida na sexta-feira por Sevilha e Inter de Milão, os dois emblemas que mais 'pergaminhos' ostentam entre os que chegaram à inédita 'final a oito' da competição, que vai encerrar em Colónia.
Marcada pela longa interrupção causada pela pandemia de covid-19, a 'herdeira' da Taça UEFA e da Taça das Cidades com Feiras está perto de concluir a sua 11.ª edição, desde que há uma década viu ser-lhe alterado novamente o nome e o formato. Desde então, teve apenas cinco vencedores, entre os quais o FC Porto, em 2010/11.
Entre eles, está precisamente o Sevilha, que conseguiu a proeza de vencer a prova em três anos seguidos, em 2014 (numa final com o Benfica), 2015 e 2016, juntando aos dois troféus da Taça UEFA arrecadados em 2006 e 2007, que tornam a formação espanhola na recordista de conquistas da segunda competição europeia de clubes, com cinco.
Os andaluzes, liderados por Julen Lopetegui e que foram quartos classificados da última edição da Liga espanhola, têm mesmo um registo impressionante na segunda competição europeia de clubes, com 100% de aproveitamento nas decisões: cinco vitórias em outras tantas finais.
O Sevilha alcançou esta final - que vai consagrar o sucessor do Chelsea - depois de oito vitórias, três empates e uma derrota, sendo que na 'final a oito', que decorre na Alemanha, eliminou a Roma (2-0), de Paulo Fonseca, a 'armada' lusa do Wolverhampton (1-0), comandado por Nuno Espírito Santo, e o Manchester United (2-1).
Em Colónia, o conjunto espanhol vai ter pela frente o Inter de Milão, num jogo inédito entre as duas formações, que nunca disputaram qualquer partida oficial, apesar de serem participantes regulares nas competições continentais de clubes.
Sem qualquer presença numa final europeia desde 2010, quando ergueram o troféu da 'Champions', sob o comando de José Mourinho, os '?nerazzurri' preparam-se para disputar a quinta decisão do segundo 'escalão' europeu, o qual venceram em três ocasiões, todas na década de 90 (1991, 1994 e 1998).
Juntamente com FC Barcelona, Juventus, Liverpool, Valência e Atlético de Madrid, todos também com três troféus, os vice-campeões italianos são apenas superados no 'ranking' de títulos precisamente pelo Sevilha.
Na última decisão em que esteve presente, em 1998, o Inter de Milão venceu a 'compatriota' Lazio por 3-0, num encontro no qual o brasileiro Ronaldo 'assinou' uma das melhores exibições da carreira, ao serviço de um conjunto que contava com nomes como Gianluca Pagliuca, Giuseppe Bergomi, Javier Zanetti, Taribo West, Diego Simeone, Francesco Moriero, Youri Djorkaeff, Iván Zamorano ou Álvaro Recoba, além do ex-internacional português Paulo Sousa.
Mais de duas décadas volvidas, a formação milanesa, agora orientada por Antonio Conte, passou por Ludogorets (2-0 e 2-1), Getafe (2-0) e Bayer Leverkusen (2-1), antes de golear os ucranianos do Shakhtar Donetsk (5-0), treinados por Luís Castro, e qualificar-se para a final da prova.
Neste percurso de cinco partidas na Liga Europa, o avançado Romelu Lukaku aproveitou para se consolidar ainda mais como a principal 'arma' ofensiva do Inter, anotando seis golos (marcou em todos os jogos) e aumentando para 33 o total de remates certeiros em todas as competições de clubes, naquela que é já a melhor marca da carreira do belga.
Sevilha e Inter de Milão disputam a final da Liga Europa, na sexta-feira, a partir das 20:00 (hora de Lisboa), em Colónia.
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