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A eliminatória do ano passado na Champions e os recentes negócios milionários entre os dois clubes sustentam um forte conhecimento mútuo. Mas há mais elos de ligação para esta final.
Foi nos quartos de final da anterior edição da Liga dos Campeões que Benfica e Chelsea se encontraram pela última vez e a recordação não podia ser mais negativa para o clube da Luz. Duas derrotas pela margem mínima (0-1 na Luz e 2-1 em Stamford Bridge) e um forte sentimento de injustiça pela eliminação ainda ecoam na memória encarnada.
O ‘cinismo’ e a astúcia da equipa londrina, então comandada por Roberto Di Matteo, foram as armas que ditaram o adeus do Benfica, mas também de Barcelona e Bayern Munique, numa caminhada improvável até ao título de campeão europeu.
E é com esse estatuto que o Chelsea vai disputar com o Benfica a final da Liga Europa, esta quarta-feira, no Arena de Amesterdão. De um lado, os muitos milhões de um clube moldado pelo russo Roman Abramovich; do outro, um Benfica em busca de se reencontrar com o seu prestígio europeu. Basta dizer que os encarnados chegam a este jogo com o dobro de finais disputadas em relação ao Chelsea: oito contra quatro. Porém, o Benfica só conseguiu vencer duas dessas oito finais, enquanto o Chelsea apenas perdeu uma.
Dos dois lados da barricada há quem conheça o “outro lado da trincheira”. Campeões em 2010 pelo Benfica sob a orientação de Jorge Jesus, David Luiz e Ramires são agora duas das estrelas dos ‘blues’. O médio conhecido como ‘Queniano’ foi o primeiro a rumar em Londres, logo no final dessa época, por cerca de 18 milhões de euros. David Luiz sairia da Luz em janeiro de 2011, a troco de 25 milhões de euros e o passe do quase desconhecido Matic, que tivera pouco espaço em Stamford Bridge.
O sérvio que agora é um dos jogadores mais cobiçados no futebol português teve de esperar na sombra de Javi Garcia para finalmente ‘explodir’ em 2012/13. E tem brilhado ao ponto de agora se falar num possível regresso ao Chelsea pela ‘porta grande’.
O conhecimento entre as duas equipas estende-se ainda aos treinadores Rafa Benitez e Jorge Jesus. Com efeito, ambos cruzaram-se em 2009/10, nos quartos de final da Liga Europa, numa fase em que o espanhol ainda liderava o Liverpool. O Benfica, de Jorge Jesus, ainda venceu a primeira mão em casa, por 2-1, mas iria claudicar no ambiente infernal de Anfield Road (4-1).
Por tudo isto, Jorge Jesus e o Benfica têm contas a ajustar com o Chelsea e Rafa Benitez. Esta quarta-feira, em Amesterdão, a história volta a dar uma chance aos encarnados.
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