O Benfica venceu o Newcastle por 3-1, em jogo a contar para a primeira mão dos quartos-de-final, e garantiu uma confortável vantagem para o jogo de St. James Park. Os ingleses até marcaram primeiro, e podiam ter marcado o segundo, mas Rodrigo, Lima e Cardozo deram a vitória aos encarnados.
No regresso de uma equipa inglesa ao estádio da Luz, Jorge Jesus apresentou duas alterações de relevo na equipa titular do Benfica. Frente ao Newcastle, o técnico português apostou em André Gomes e André Almeida e deixou no banco os sul-americanos Maxi Pereira e Enzo Peréz.
O Newcastle apresentou-se em Lisboa com Taylor e Yanga-Mbiwa no centro da defesa e com Cabaye e Perch no meio-campo. A jogar em 4x5x1, a formação de Alan Pardew tinha em Cissé a sua única referência no ataque à baliza de Artur e cerca de 3200 adeptos ingleses nas bancadas da Luz.
Esperava-se, portanto, um jogo de contenção por parte dos ingleses frente a um Benfica que gosta de jogar em ataque continuado. Mas apesar disso, foi o Newcastle que deu o pontapé de saída na Luz. O francês Antony Gautier deu o apito inicial e na maior parte das bancadas esperavam-se golos, de preferência na baliza de Tim Krul.
Apesar do factor casa jogar a favor do Benfica, foi o Newcastle quem entrou melhor no jogo. Logo aos 2’ minutos, os ingleses inauguram o placar das estatísticas de remates com Cissé a rematar cruzado para defesa de Artur. O primeiro remate do jogo a pertencer aos visitantes não trazia bons augúrios para os anfitriões, que apesar de dominarem a posse de bola não conseguiam furar as linhas do Newcastle.
A jogar em contra-ataque, os “magpies” tinham em Cabaye, Moussa Sissoko e Papiss Cissé a estrutura para tentar alcançar a baliza de Artur, sempre que as “águias” abriam espaços nas incursões ao retângulo de Tim Krul. E foi precisamente num lance de contra-ataque que os ingleses inauguraram o marcador por Cissé. Aos 12’ minutos, Sissoko surge solto sobre a direita da área e cruza rasteiro para o segundo poste, onde apareceu o avançado senegalês, sem marcação, para fazer o 1-0.
A vencer na casa do adversário, o Newcastle tinha alcançado um dos objetivos da eliminatória que era marcar em Lisboa. E só não marcou o segundo golo, aos 23’ minutos, pois a displicência de Cissé esbarrou no poste da baliza de Artur. O arrepio na espinha dos cerca de quarenta mil adeptos do Benfica parece ter despertado a equipa de Jorge Jesus, que perante o pragmatismo inglês intensificou as operações junto à área defensiva do Newcastle.
A resistência do Newcastle foi aguentando, mas a lei do “quem não marca, sofre” acabou por prevalecer mais uma vez e aos 25’ minutos, Cardozo abriu caminho a Rodrigo para o empate. O avançado paraguaio com um forte remate obrigou tim Krul a defesa completa. Na recarga, o supersónico Rodrigo surge na pequena área para fazer o 1-1.
O golo galvanizou a formação encarnada, que até ao intervalo esteve irredutível na procura da vantagem no marcador. Aos 27’ minutos, uma sequência de remates do Benfica só não entraram na baliza do Newcastle devido à grande exibição de Tim Krul. Ao intervalo, o resultado justificava-se apesar da superioridade da equipa portuguesa.
E no segundo tempo, o jogo começou praticamente como na primeira parte. Sem alterações nas equipas, os ingleses estiveram perto de regressar à vantagem pelo inevitável Cissé. Mais uma vez, o poste acabou por negar o golo aos “magpies”.
Momento chave: Entrada de Lima e Enzo Pérez
O perigo na baliza de Artur no reatamento do jogo colocou em sentido os encarnados, mas o desperdício parecia ser o fado dos encarnados. Jorge Jesus via o tempo a passar e decidiu refrescar o ataque do Benfica com a entrada de Lima e Enzo Peréz e a saída de André Gomes e Rodrigo.
Com a entrada dos sul-americanos em campo, o Benfica ganhou uma nova dinâmica e foi com naturalidade que alcançou a tão desejada vantagem. Primeiro foi Lima, aos 65’ minutos, a aproveitar um mau atraso de Santon para bater Krul de ângulo apertado. Depois foi Cardozo, aos 71’ minutos, na conversão de uma grande penalidade a fazer o 3-1.
Até ao final, o Newcastle não voltaria a criar perigo com o Benfica a controlar as operações. Com este resultado, a equipa de Jorge Jesus viaja para Inglaterra com todas as condições para passar às meias-finais.
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